Governo trabalha para reforçar sustentabilidade da Segurança Social
O primeiro-ministro assegurou hoje que o Governo está a trabalhar para reforçar a sustentabilidade da Segurança Social, e afirmou ter confiança no sistema, mas o PSD desafiou-o a "juntar todos os partidos políticos" para encontrar uma solução.
© Global Imagens
Política António Costa
"Anualmente, o Orçamento de Estado contém um relatório sobre a sustentabilidade da Segurança Social e, comparando relatório do último orçamento apresentado pelos governos de vossa excelência em 2015 com a situação atual, aquilo que verificamos é que, com a mudança da política económica e com as garantias que demos de confiança aos contribuintes, hoje alargámos já em 11 anos a sustentabilidade da Segurança Social - 11 anos sem que haja défice na Segurança Social -, e conquistámos 19 anos o período em que não será necessário sequer recorrer ao fundo de estabilização financeira da Segurança Social", salientou António Costa.
Durante o debate quinzenal, que decorre esta manhã na Assembleia da República, em Lisboa, o primeiro-ministro respondia a uma interpelação do PSD sobre o tema que o Governo escolheu debater no hemiciclo.
"Isto quer dizer que estamos a trabalhar, como eu aqui enunciei, para reforçar a sustentabilidade da Segurança Social. Primeiro, com mais e melhor emprego, segundo, com uma melhor política demográfica, e em terceiro lugar, diversificando as fontes de financiamento da Segurança Social", elencou António Costa.
Na ótica do governante socialista, esta é razão pela qual existem atualmente "menos problemas na Segurança Social", face a 2015.
"Se continuarmos com esta política, asseguraremos e garantiremos aquilo que é essencial garantir a todos, segurança e confiança no sistema da Segurança Social", sublinhou o líder do Governo.
"Temos um desafio, temos soluções e podemos ter confiança no nosso sistema de Segurança Social", assegurou.
Pelo PSD, o líder parlamentar, Fernando Negrão, assinalou que existe "um problema grave com a Segurança Social" que não pode ser escondido "debaixo do tapete".
Por forma a encontrar soluções, o deputado lançou um desafio a Costa, não sem antes apontar que "a questão demográfica é a questão que é a bomba atómica dos problemas da Segurança Social".
"Vamos juntar todos os partidos políticos, para tentar resolver o problema da Segurança Social em Portugal? Não é para tentar, senhor primeiro-ministro, é para resolver o problema da Segurança Social em Portugal", salientou o social-democrata, defendendo ser necessário encontrar "soluções a médio e longo prazo".
Durante o debate, Negrão vincou que "o problema agrava-se todos os anos", e considerou que o discurso do primeiro-ministro "é um discurso que só divide, é um discurso que, dividindo não resolver nenhum problema na Segurança Social, a não ser os problemas de curto prazo".
"Dividir os portugueses? Então o senhor deputado que se senta ao lado de quem disse que os nossos idosos, que os nossos pensionistas eram a peste grisalha do nosso país, fala em dividir os portugueses?" respondeu António Costa.
A resposta gerou reações no hemiciclo, com críticas por parte da bancada social-democrata e palmas do lado do PS.
"Quem divide os portugueses é quem quer fazer um corte de gerações e quebrar a solidariedade geracional, quem chamou peste grisalha aos nossos idosos e aos nossos pensionistas, quem quer criar o pânico e incutir a falta de confiança nos nossos jovens", declarou.
Esta situação levou o deputado Carlos Peixoto a pedir a palavra para defesa pessoal da honra, mas o presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, remeteu para o final do debate.
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