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Santana aponta canhões à Esquerda e questiona "que país é este"

O líder da Aliança, Pedro Santana Lopes, lançou no sábado várias críticas à Esquerda, sob o mote "que país é este", expressão que repetiu por diversas vezes ao longo da primeira intervenção que teve no Congresso fundador do partido.

Santana aponta canhões à Esquerda e questiona "que país é este"
Notícias ao Minuto

01:42 - 10/02/19 por Lusa

Política Aliança

O discurso do presidente da Comissão Instaladora Nacional esteve marcado primeiramente para a hora de almoço, tendo sido depois adiado para o início da tarde, de seguida para a hora de jantar.

O antigo primeiro-ministro acabou por discursar pelas 22:15.

Santana começou por dizer que não lhe apetecia discursar e, por isso, teria uma conversa com os delegados, tendo sido aplaudido várias vezes.

Ao longo de uma hora e dez minutos, o antigo primeiro-ministro criticou por diversas vezes os partidos da esquerda e o Governo sobre várias matérias, repetindo: "que país é este?".

"Custa-me perceber como há muitas pessoas que são dirigentes políticos no nosso país em vários partidos que eu considero que não estão a ver bem o que se está a passar", apontou, vincando que o caso da "frente de esquerda é manifesto".

"A frente de esquerda assumiu o poder, exerceu o poder e qual é o estado do país hoje em dia? Que país é este?", acrescentou.

Santana considerou não ser possível "cometer tantos erros sem ter consciência dos danos que causa", mas deu uma abébia: "aquilo que nasce torto tarde ou nunca se endireita, e assim aconteceu com esta frente de esquerda".

Dando o exemplo dos tempos de espera para consultas e cirurgias em vários pontos do país, o antigo primeiro-ministro questionou se "isto é o socialismo, isto é ser de esquerda".

Retomando o tema mais à frente, Pedro Santana Lopes defendeu que "tanto quem tem mais dinheiro, como quem tem menos dinheiro tem direito a escolha" para poderem recorrer a hospitais públicos e privados de igual forma.

Face a isto, "a Aliança veio para lutar com toda a força naquilo que acredita" e o povo "dirá de sua justiça, se quer ou não", nas eleições.

"A Aliança veio para ficar" e "continuará para as próximas gerações, continuará a servir Portugal", porque "estas causas não são conjunturais e o que tem de importar mais são as causas", reiterou.

Santana Lopes rematou que "só assim é que a Aliança vale a pena e só assim é que a Aliança é Aliança".

O dia 2 do Congresso fundador

O Congresso fundador da Aliança elege este domingo os seus órgãos nacionais, entre os quais a Direção Política Nacional, e deverá confirmar Santana Lopes como presidente do partido, no segundo e último dia da reunião.

Os congressistas deverão eleger o atual presidente da Comissão Instaladora Nacional (um equivalente à Comissão Política de outros partidos), Pedro Santana Lopes, como líder para os próximos três anos.

Além da Direção Política Nacional, a Aliança vai eleger também a Mesa do Congresso, que, segundo fonte oficial do partido deverá continuar a ser presidida pela reitora da Universidade de Évora, Ana Costa Freitas.

De Évora deverá sair ainda o Senado Nacional, um órgão "com alguma proximidade" ao Conselho Nacional (órgão máximo dos partidos entre congressos), o Gabinete de Auditoria e a Comissão Jurisdicional, de acordo com a mesma fonte.

Os delegados ao congresso aprovaram já esta madrugada a Moção Estratégica Global, cujo primeiro subscritor é Pedro Santana Lopes, depois de, durante o dia de sábado, terem dado luz verde também aos estatutos, declaração de princípios, regulamento eleitoral e símbolo do partido.

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