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"Registamos positivamente esta decisão do Governo" de reconhecer Guaidó

A presidente do CDS-PP, Assunção Cristas, considerou hoje positiva a posição do Governo português, secundada pelo Presidente da República, de reconhecer Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

"Registamos positivamente esta decisão do Governo" de reconhecer Guaidó
Notícias ao Minuto

16:23 - 04/02/19 por Lusa

Política Assunção Cristas

"Nós registamos positivamente esta decisão do Governo português, como de resto pedimos e solicitámos desde o primeiro momento porque entendemos que não era possível ter eleições disputadas num ambiente de liberdade e de democracia com Nicolás Maduro à frente do país", disse Assunção Cristas, à margem do lançamento de um cartaz do partido para as eleições europeias, na avenida da República, em Lisboa.

Vários Estados-membros da UE, incluindo Portugal, reconheceram hoje individualmente o presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, como Presidente interino da Venezuela com a missão de organizar eleições presidenciais livres e justas.

Entretanto, o Presidente Nicolás Maduro ordenou a revisão integral das relações bilaterais com os países da Europa que reconheceram o deputado Guaidó como líder encarregado de conduzir o país a um novo ato eleitoral.

"Isso foi o que pedimos ao Governo português desde a primeira hora. Outros governos andaram um pouco mais rápido na Europa. Agora, há um conjunto relevante de países que fazem este reconhecimento da legitimidade de Juan Guaidó e isso é positivo", afirmou a líder democrata-cristã.

A crise política na Venezuela agravou-se em 23 de janeiro, quando o líder da Assembleia Nacional se autoproclamou Presidente da República interino e declarou que assumia os poderes executivos de Maduro. Guaidó, 35 anos, contou de imediato com o apoio dos Estados Unidos e prometeu formar um governo de transição e organizar eleições livres, enquanto Maduro, 56 anos e chefe de Estado desde 2013, recusou o desafio e denunciou a iniciativa como uma tentativa de golpe de Estado liderada pelos Estados Unidos.

"O que pedimos ao Governo português é que continue a insistir para que mais se juntem e que, de facto, a Europa possa ter uma voz muito firme também neste posicionamento no que diz respeito à defesa da democracia e, no caso que mais nos interessa, dos interesses dos portugueses e lusodescendentes na Venezuela, uma comunidade muito grande e que tem sofrido muito em conjunto com todos os venezuelanos", continuou Cristas.

O problema político venezuelano soma-se a uma grave crise económica e social que levou 2,3 milhões de pessoas a fugirem do país desde 2015, segundo dados das Nações Unidas. Nesta antiga colónia espanhola residem cerca de 300.000 portugueses ou lusodescendentes.

"Eu gostaria de ter visto Portugal, como a Dinamarca, a ser uma das primeiras vozes. Não foi essa a opção do Governo português. Tenho pena. Nós pedimos desde a primeira hora que fosse nesse sentido, mas a verdade é que está no grupo dos primeiros países que faz esse reconhecimento. Acho que é um aspeto positivo. Por nós, tinha sido há mais tempo, foi agora. Melhor tarde que nunca", concluiu a presidente do CDS-PP.

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