Crescimento? "Esta é a sina de um país que não tem estratégia de futuro"
O presidente do PSD, Rui Rio, defendeu hoje que a "ausência de políticas públicas" para apoiar o investimento privado nos últimos três anos deixa o país "à mercê" do que for o crescimento dos outros mercados.
© Tony Dias/Global Imagens
Política Rui Rio
"Esta é a sina de um país que não tem uma estratégia de futuro, olha para o presente e não olha para o futuro", criticou Rui Rio, no final de uma visita de cerca de meia hora à feira 'Portugal Exportador 2018', no Centro de Congressos de Lisboa.
Questionado sobre os dados hoje revelados pelo Instituto Nacional de Estatística, segundo os quais o crescimento da economia desacelerou no 3º. trimestre para 2,1%, Rui Rio preferiu centrar a sua resposta mais na forma como Portugal tem crescido do que nos valores.
"O que estou a dizer não é tanto se o crescimento é mais 0,2 ou menos 0,2% , é mais como estamos a crescer e nós temos de crescer pelo investimento e pelas exportações", defendeu.
O presidente do PSD frisou que, neste processo, "as empresas são absolutamente vitais", mas há políticas públicas que podem "fomentar ou não" esse investimento, como a carga e a legislação fiscal, a legislação laboral, a formação profissional ou o funcionamento da justiça.
"Se não fizermos nada - que é o que temos feito nesta matéria - estamos à mercê do crescimento dos outros mercados", lamentou.
O presidente do PSD lamentou que o crescimento sustentado não tenha sido preparado quando a economia estava a crescer e responsabilizou a atual fórmula governativa -- apoiada em acordos entre PS, BE, PCP e PEV -, que considerou "não ser amiga do investimento privado".
"Se a economia estivesse a desacelerar, mas nós tivéssemos construído uma estratégia de crescimento económico sustentado estávamos com outras defesas. Como temos tido um crescimento económico mais com base no consumo, estamos menos defendidos para o que possa vir num ciclo mais baixo da economia que se pode estar a aproximar", alertou.
Sobre a feira que visitou durante cerca de meia hora, Rio considerou que "tudo aquilo que em Portugal se possa fazer para dar apoio às empresas no sentido de elas crescerem mais é o que se deve fazer".
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