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PSD Lisboa concorda com descontos nos passes, mas sem constar do OE

Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Lisboa mostraram-se hoje favoráveis aos descontos nos passes dos transportes públicos, mas não concordam que esta despesa seja alocada ao Orçamento do Estado.

PSD Lisboa concorda com descontos nos passes, mas sem constar do OE
Notícias ao Minuto

19:15 - 04/09/18 por Lusa

Política Autarquia

Numa nota divulgada na página da vereação na rede social 'facebook', os autarcas Teresa Leal Coelho e João Pedro Costa salientam que a "redução, que é uma opção política, deve ser suportada pelo orçamento da Câmara Municipal de Lisboa e pelas edilidades vizinhas, nomeadamente da Área Metropolitana de Lisboa".

Na opinião dos eleitos, "a vontade política deve corresponder a um esforço orçamental de quem propõe subsidiar os passes sociais (no caso, a Câmara de Lisboa), e não optar por empurrar as faturas para outros, para o Orçamento do Estado, suportado por todos os contribuintes portugueses".

"É bom não esquecer que as populações do interior do país são o alvo primeiro das reestruturações nas empresas de transportes, como a ferrovia. Os contribuintes de todo o país já são chamados a pagar centenas de milhões de euros anuais para capitalizar as empresas deficitárias", aponta a nota hoje divulgada.

Na opinião dos vereadores do PSD, é "incoerente colocar o Orçamento do Estado (por meio da Administração Central) a incentivar a desertificação do interior (através de subsídios aos passes sociais nas áreas metropolitanas), quando as respetivas câmaras se esquivam a subsidiar os passes sociais".

Porém, os sociais-democratas alertam que o município de Lisboa tem "os recursos financeiros limitados" e, por isso, é "necessário fazer escolhas".

Assim, o PSD mostrou-se "disponível para colaborar na procura de soluções para o financiamento dos passes sociais" e propôs que a Câmara liderada por Fernando Medina (PS) "entre em conversações com as edilidades da área metropolitana, favorecendo as respetivas populações e economia local".

O PSD aproveitou ainda para "alertar para a insuficiência de capitais na Carris, estimada em, pelo menos, 120 milhões de euros, o que afeta gravemente a exploração operacional e patrimonial, com reflexos no futuro dos preços dos passes sociais".

A ideia de transportes públicos mais baratos, nomeadamente na capital do país e no Porto, foi posta na ordem do dia pelo presidente da Câmara de Lisboa e presidente da Área Metropolitana de Lisboa, Fernando Medina.

Numa entrevista publicada no sábado pelo jornal Expresso, o socialista defendeu que os passes para circular dentro do concelho deveriam ter um teto máximo de 30 euros, valor que subiria para os 40 euros na área metropolitana.

Hoje, o jornal Público escreve que o ministro do Ambiente, que tutela os transportes, está a acompanhar esta matéria, mas pretende que a medida seja alargada a todo o país.

Segundo o diário, José Pedro Matos Fernandes estimou que esta medida terá um custo de 60 milhões de euros na Área Metropolitana de Lisboa, valor ao qual acrescem entre 15 e 20 milhões relativamente ao Porto, e entre cinco e 10 milhões de euros para o resto do país.

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