PSD Lisboa concorda com descontos nos passes, mas sem constar do OE
Os vereadores do PSD na Câmara Municipal de Lisboa mostraram-se hoje favoráveis aos descontos nos passes dos transportes públicos, mas não concordam que esta despesa seja alocada ao Orçamento do Estado.
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Numa nota divulgada na página da vereação na rede social 'facebook', os autarcas Teresa Leal Coelho e João Pedro Costa salientam que a "redução, que é uma opção política, deve ser suportada pelo orçamento da Câmara Municipal de Lisboa e pelas edilidades vizinhas, nomeadamente da Área Metropolitana de Lisboa".
Na opinião dos eleitos, "a vontade política deve corresponder a um esforço orçamental de quem propõe subsidiar os passes sociais (no caso, a Câmara de Lisboa), e não optar por empurrar as faturas para outros, para o Orçamento do Estado, suportado por todos os contribuintes portugueses".
"É bom não esquecer que as populações do interior do país são o alvo primeiro das reestruturações nas empresas de transportes, como a ferrovia. Os contribuintes de todo o país já são chamados a pagar centenas de milhões de euros anuais para capitalizar as empresas deficitárias", aponta a nota hoje divulgada.
Na opinião dos vereadores do PSD, é "incoerente colocar o Orçamento do Estado (por meio da Administração Central) a incentivar a desertificação do interior (através de subsídios aos passes sociais nas áreas metropolitanas), quando as respetivas câmaras se esquivam a subsidiar os passes sociais".
Porém, os sociais-democratas alertam que o município de Lisboa tem "os recursos financeiros limitados" e, por isso, é "necessário fazer escolhas".
Assim, o PSD mostrou-se "disponível para colaborar na procura de soluções para o financiamento dos passes sociais" e propôs que a Câmara liderada por Fernando Medina (PS) "entre em conversações com as edilidades da área metropolitana, favorecendo as respetivas populações e economia local".
O PSD aproveitou ainda para "alertar para a insuficiência de capitais na Carris, estimada em, pelo menos, 120 milhões de euros, o que afeta gravemente a exploração operacional e patrimonial, com reflexos no futuro dos preços dos passes sociais".
A ideia de transportes públicos mais baratos, nomeadamente na capital do país e no Porto, foi posta na ordem do dia pelo presidente da Câmara de Lisboa e presidente da Área Metropolitana de Lisboa, Fernando Medina.
Numa entrevista publicada no sábado pelo jornal Expresso, o socialista defendeu que os passes para circular dentro do concelho deveriam ter um teto máximo de 30 euros, valor que subiria para os 40 euros na área metropolitana.
Hoje, o jornal Público escreve que o ministro do Ambiente, que tutela os transportes, está a acompanhar esta matéria, mas pretende que a medida seja alargada a todo o país.
Segundo o diário, José Pedro Matos Fernandes estimou que esta medida terá um custo de 60 milhões de euros na Área Metropolitana de Lisboa, valor ao qual acrescem entre 15 e 20 milhões relativamente ao Porto, e entre cinco e 10 milhões de euros para o resto do país.
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