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partidos têm que "estar mais disponíveis para se entenderem”

O ex-ministro socialista da Economia, Augusto Mateus, considerou hoje que os partidos políticos e os principais responsáveis institucionais "têm que estar mais disponíveis para se entenderem em algumas coisas".

partidos têm que "estar mais disponíveis para se entenderem”
Notícias ao Minuto

16:03 - 04/09/13 por Lusa

Política Augusto Mateus

A resposta de Portugal à crise, considerou Augusto Mateus, tem "misturado bons com maus sinais", e o país "talvez tenha dado até agora mais maus sinais do que bons", afirmou.

"Tem havido uma grande confusão e tem havido uma pequena disponibilidade de colaboração política", afirmou o ex-ministro da Economia do primeiro Governo conduzido pelo António Guterres, à margem da apresentação do Relatório Global de Competitividade do World Economic Forum.

"Os partidos políticos e os principais responsáveis institucionais tinham que estar mais disponíveis para se entenderem em algumas coisas. Esse era um excelente sinal. Ninguém se diminui por colaborar com alguém que é diferente. Continua a pensar de maneira diferente, mas naquela matéria pode entender-se. Podemos entender-nos, da direita à esquerda, na estabilidade do sistema fiscal, (...) ou em transformações do Estado", defendeu ainda o consultor.

E neste campo, o economista entende que existe margem para um entendimento político alargado em domínios como os da educação ou da necessidade de Administração Pública "muito mais competente, eficiente".

Mas, "não podemos construir essa Administração mais eficiente apenas numa lógica de corte, de retirar esperança a quem trabalha na Administração Pública", ressalvou.

"Temos que captar os melhores para a Administração Pública, temos que ter coragem de gerir bem as desigualdades produtivas. Se calhar, é preciso ir mais longe em certos cortes para haver aumentos noutras despesas. Esta lógica de cortar 5% ou 10% em tudo pode ser fácil do ponto de vista político, mas não resolve nenhum problema, porque em certas áreas do setor público temos que aumentar os nossos recursos. Temos que ser mais capazes de dar à sociedade bens e serviços que induzam mais competitividade", defendeu Augusto Mateus.

Em contrapartida, o economista defende que noutros setores, Portugal tem que "ter a coragem de reduzir a zero".

"Não podemos ter tanta inércia de transformação, temos que mudar mais depressa", concluiu.

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