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Modelo de contratação de meios é de quem? "Paciência tem limites"

Ministro da Administração Interna responsabiliza governo anterior do modelo de contratação de meios aéreos. Deputada Teresa Morais questiona "como é possível quem Governo em funções há três anos continue a não admitir a responsabilidade das escolhas que faz?".

Modelo de contratação de meios é de quem? "Paciência tem limites"
Notícias ao Minuto

09:55 - 27/06/18 por Melissa Lopes

Política Teresa Morais

A deputada Teresa Morais manifestou-se indignada com o facto de o ministro da Administração Interna ter atribuído responsabilidade ao governo anterior do modelo atual de contratação de meios aéreos.

Começando por explicar que o PSD requereu, em meados de maio, a presença do ministro Eduardo Cabrita para que explicasse a insuficiência de meios aéreos no combate aos incêndios, Teresa Morais nota que, além de se estar “longe” dos 55 meios aéreos anunciados pelo Governo, como o que se conseguiu “custou milhões de euros a mais do que o previsto”.

Ontem, “confrontado com estes factos, o ministro respondeu que o modelo de contratação dos meios aéreos adotado é da responsabilidade do anterior governo”, disse a deputada, questionando: “Por que será que isto já não surpreende?”

“Como é possível que um governo em funções há três anos continue a não admitir a responsabilidade das escolhas que faz?, interroga-se ainda. “Paciência tem limites”, remata. 

Na audição de ontem no Parlamento, o Governo garantiu que cumpre expectativas sobre dispositivo dos meios áereos de combate a incêndios

"Na primeira quinzena de junho estiveram operacionais 37 meios aéreos, comparados com 11 meios aéreos no modelo que vigorou entre 2013 e 2017, o que representa mais 26 meios aéreos", avançou o ministro Eduardo Cabrita, indicando que, neste momento, já estão operacionais 45 meios aéreos contratados, quando em anos anteriores nesta data existiam 28 disponíveis. 

"O modelo de meios aéreos que foi possível construir neste quadro, nestas limitações, prova que o Governo cumpriu o que disse", afirmou o ministro, avançando que, a partir de julho, serão 55 o total de meios aéreos disponíveis para o combate aos incêndios florestais. "Pela primeira vez, o país dispõe de um modelo que está, na sua estrutura base, disponível durante todo o ano", sublinhou ainda.

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