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Cristas desafia Medina a visitar Bairro da Cruz Vermelha

A vereadora do CDS--PP na Câmara de Lisboa Assunção Cristas desafiou hoje o presidente da autarquia a visitar o Bairro da Cruz Vermelha para ver as condições de sobrelotação em que várias famílias vivem.

Cristas desafia Medina a visitar Bairro da Cruz Vermelha
Notícias ao Minuto

14:16 - 19/06/18 por Lusa

Política CDS

"[Para ver] Estas situações é só estar cá. Ouvir, visitar, entrar dentro das casas das pessoas. Desafio o Fernando Medina a fazer isso. No dia em que fizer tem necessariamente de mudar a sua postura, tem necessariamente que dizer 'isto é uma prioridade número um da cidade de Lisboa'", disse Assunção Cristas aos jornalistas depois de um contacto com vários moradores.

Assunção Cristas visitou hoje um dos muitos bairros sociais de Lisboa para denunciar as inúmeras falhas nas políticas de habitação na cidade, revelando a existência de "1.600 casas fechadas" nestes bairros.

A vereadora centrista ouviu as queixas de vários moradores, que referiram a existência de, pelo menos, 286 casas fechadas no Bairro da Cruz Vermelha e na Alta de Lisboa, algumas das quais "já ocupadas por mães com crianças, em desespero por não haver atribuição de casas".

"Há mães em desespero, a precisar de espaço porque há casas sobrelotadas, com 12, 11 e 13 pessoas, e acabam por ocupar de forma abusiva. E todos sabem disso, mas há casas que estão vazias há vários anos", disse.

Assunção Cristas avançou que, como vereadora, tem vindo a "denunciar e a apresentar propostas" nas reuniões de câmara públicas e privadas, uma vez que tem ouvido relatos na primeira pessoa "chocantes", acusando ainda de ser "chocante a lentidão com que a câmara reage a estas matérias".

"Na semana passada houve um acordo com a Gebalis [empresa municipal que gere os bairros] para mais dinheiro para fazer reabilitação. O CDS perguntou se, à cabeça das prioridades, estão as reabilitações das casas devolutas para serem atribuídas. Disseram que sim, vamos ver quanto tempo demora tudo", avançou a vereadora.

Assunção Cristas sublinhou saber que tudo demora o seu tempo, mas alertou para o facto de as pessoas precisarem de soluções "para hoje" e "não poderem estar à espera dois anos".

A vereadora do CDS-PP acrescentou ainda que há moradores que dizem aceitar "casas estragadas" e fazerem eles próprios pequenas reparações e, posteriormente, aguardarem pelas reparações a cargo da Gebalis.

No Bairro da Cruz Vermelha vários moradores queixam-se que o presidente da junta de freguesia do Lumiar não se desloca ao bairro "senão em dias de festa", não ouvindo os problemas com que vivem, existindo casas onde residem várias gerações da mesma família, sem qualquer tipo de condições.

"Não nos ajuda estarem a dar casas a esta gente, mas depois quererem abrir aqui uma sala de chuto. Sabemos que há droga no bairro, mas não queremos cá mais. Não há creches para deixarmos os nossos filhos para podermos encontrar emprego, mas vão abrir casas para a droga", lamentou uma das moradoras presentes no local.

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