Relatório alerta para grupos criminosos ligados à segurança privada
O Relatório Anual de Segurança Interna (RASI) alerta para a existência de grupos criminosos violentos e organizados ligados à segurança privada no âmbito da diversão noturna, atividade que se tem consolidado na última década.
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País Segurança
"Os grupos criminosos violentos e organizados deram continuidade à promoção dos seus interesses próprios no contexto da segurança privada, com especial destaque para aquela que é desenvolvida no âmbito da diversão noturna e que, na última década, se tem consolidado como terreno fértil para esses grupos", indica o RASI de 2017, hoje entregue na Assembleia da República.
O documento identifica como um dos principais grupos de ameaça neste setor os denominados 'biker 1%', sobretudo "porque não hesitam em recorrer ao uso da força para se imporem no meio e para extorquirem os proprietários dos estabelecimentos".
"Os clubes 'Biker MC1%' constituem ainda uma preocupação securitária acrescida pelas outras atividades criminosas que praticam", adianta o relatório.
No âmbito da atividade da segurança privada, o RASI refere que as ações de fiscalização aumentaram 4,7% em 2017 face a 2016, realizando-se um total de 12.728.
As infrações detetadas neste setor também aumentaram 27,9%, tendo as forças de segurança registado 2.464 infrações no ano passado.
Segundo o RASI, a criminalidade violenta e grave diminuiu 8,7% no ano passado, em relação a 2016, enquanto os crimes gerais aumentaram 3,3%.
O relatório reúne os indicadores de criminalidade registados pela Guarda Nacional Republicana, Polícia de Segurança Pública, Polícia Judiciária, Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Polícia Marítima, Autoridade de Segurança Alimentar e Económica, Autoridade Tributária e Aduaneira e Polícia Judiciária Militar.
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