Alunos de Dança já têm aulas no ISEL, em instalações provisórias
Os alunos da Escola Superior de Dança de Lisboa começaram na segunda-feira as aulas do 2.º semestre, já nas instalações emprestadas do Instituto Superior de Engenharia de Lisboa, provisórias durante pelo menos mais quatro anos.
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País Dança
António Belo, vice-presidente do Instituto Politécnico de Lisboa (IPL) - ao qual pertencem as duas escolas superiores -, disse à Lusa que a mudança de instalações deverá ser provisória, pelo menos pelos próximos quatro anos, tendo em conta os prazos expectáveis para finalizar o processo de venda do atual edifício e construção da nova escola.
"Todo o processo em si, acredito que nunca demorará menos de quatro anos. Entre ter o programa preliminar aprovado, ter autorização para lançar a empreitada, construção, há aqui um período de pelo menos quatro anos em que a escola funcionará nas instalações do ISEL [Instituto Superior de Engenharia de Lisboa]", disse António Belo.
Provocada pela crescente degradação do Palácio do Marquês de Pombal, o edifício secular no Bairro Alto que desde os anos 90 acolhe a Escola Superior de Dança (ESD), a mudança terá surpreendido pela positiva os mais de 200 alunos de licenciatura e mestrado que só na segunda-feira tiveram o primeiro contacto com aquela que será a sua escola nos próximos tempos.
"O que percecionei é que estavam todos satisfeitos com o espaço que encontraram. Acho até que teriam expectativas que fosse mais difícil arranjar ali um canto para eles e acho que ficaram agradavelmente surpreendidos com o facto de se ter conseguido arranjar um espaço tão adequado para a prática da dança", disse António Belo, que explicou que as soluções encontradas não provocam qualquer conflito com as aulas de engenharia no ISEL.
A expectativa do IPL, disse António Belo, é que dentro de quatro anos a ESD já esteja instalada num edifício a construir de raiz no 'campus' de Benfica, onde já funcionam a Escola Superior de Comunicação Social (ESCS), a Escola Superior de Educação (ESE) e a Escola Superior de Música (ESM).
Para além da transferência da ESD, o IPL quer ainda colocar em Benfica, também num novo edifício a ser construído, o Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Lisboa (ISCAL) e uma cantina que servirá os alunos de todas estas escolas.
As autorizações estão pendentes no Ministério das Finanças, quer a da venda da atual sede da ESD, quer a da construção do novo ISCAL.
No caso da ESD, o IPL aguarda a autorização das Finanças para usar todo o dinheiro resultante da venda do Palácio do Marquês de Pombal na construção da nova escola, a única forma de viabilizar financeiramente o projeto, explicou António Belo.
O uso de 100% das verbas resultantes da venda de património por parte das instituições de ensino superior está previsto no Orçamento do Estado para 2018, alterando a disposição anterior que entregava 50% da receita da venda às Finanças.
"Penso que não haverá problema a esse nível. Assim que tivermos essa concordância da tutela iniciar-se-á o processo de venda das instalações", disse António Belo.
Apesar da autorização das Finanças ainda pendente, o IPL está já a avançar com um processo preliminar de construção da nova ESD, para que assim que a situação seja desbloqueada pela tutela estar pronto a avançar do lado da Direção-Geral do Ensino Superior (DGES) e se poder avançar imediatamente com o lançamento do concurso de construção.
"O que sentimos neste momento é que há uma total colaboração da parte da Secretaria de Estado [do Ensino Superior]. Há um clima de boa vontade entre todos para desbloquear a situação o mais rápido possível. É claro que isto tem sempre aspetos burocráticos que gostaríamos que fossem mais rápidos, mas não nos parece que esteja a haver algum entrave particular a que a situação decorra dentro do que é expectável", disse António Belo.
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