Sarampo: "A mensagem mais relevante é vacinar, vacinar, vacinar"
O ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, mostra-se confiante quanto ao controlo do surto de Sarampo, apesar de diariamente surgirem novos casos.
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País Ministro da Saúde
Até ao momento, são conhecidos 53 casos de Sarampo confirmados laboratorialmente – um surto que tem manifestado maior incidência na região Norte do país.
A maioria dos casos, recorde-se, foi registada no Hospital de Santo António, embora também estejam pacientes internados no Hospital de São João e no Hospital Pedro Hispano, em Matosinhos. Esta segunda-feira avançou-se igualmente com a suspeita de sete casos de Sarampo no Hospital de Gaia.
Todos estes doentes estão, de acordo com o ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes, “relacionados”. Aliás, acrescentou em declarações à antena da RTP, “o reporte é feito diariamente pela Autoridade Nacional de Saúde, pela Direção-Geral da Saúde (DGS), articuladamente com as instituições e com os dispositivos no terreno de saúde pública e ainda pelas autoridades regionais e locais de saúde. Portanto, os casos do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho estão integrados naquilo que é a contabilização de casos a nível nacional feita pela DGS”, assegurou o governante.
Adalberto Campos Fernandes foi ainda perentório ao afirmar que as autoridades têm a “convicção de que se está a entrar numa fase de controlo do surto”, aproveitando a oportunidade para recordar que este se trata de “um surto que resulta da alta contagiosidade deste vírus, que se espalha muito facilmente. Não temos ainda certeza, mas tudo indica que o contacto com dois cidadãos que estiveram fora do país com comunidades infetadas e não vacinadas fizeram com que rapidamente essa expressão de infeção se tenha vindo a sentir no nosso país”, explicou.
Portugal, “como tem dito a diretora da DGS, é um bom exemplo porque tem um padrão de distribuição epidémica equivalente àquele dos países que têm taxas de vacinação muito elevadas”, realçou o ministro, garantindo, neste sentido, que no Norte do país “há taxas que ultrapassam os 97 a 98%. Há aqui um ‘muro’ em que o vírus tende a infetar pessoas não vacinadas e naturalmente interrompe a sua ação porque a chamada imunidade de grupo está estabelecida. E nessa medida temos esperança que o surto se possa controlar com maior rapidez”.
A palavra mais importante para os portugueses é, sublinhou o ministro, “confiança no sistema, no dispositivo de saúde pública, nas autoridades de saúde e também nas entidades prestadoras de cuidados. E a mensagem mais relevante é vacinar, vacinar, vacinar. Temos de ter a noção que a vacinação é uma defesa contra este tipo de ataque. Os vírus existem, as doenças transmissíveis não foram totalmente erradicadas e nós só defendemos bem as populações se tivermos a convicção do que a ciência nos diz, nos demonstra, que a vacina é segura e eficaz. A vacinação é um ato de responsabilidade individual”, terminou.
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