Em declarações à Agência Lusa, José Carlos Lopes, da organização, informou que "a comunidade está a organizar-se enquanto pessoa jurídica para aumentar a sua capacidade de intervenção e organização de iniciativas".

Atualmente, a Comunidade Portugal Drone é um grupo, entre outros, organizado na internet, "nomeadamente nas redes sociais" e o seu "ADN distintivo" é "passar da troca de ideias 'online' a iniciativas no terreno que possam por materializar" as suas três missões.

A primeira missão enumerada por José Carlos Lopes é "criar uma imagem positiva e bem informada desta nova tecnologia [aeronaves não tripuladas] junto da população", já que os denominados drones são, em determinados contextos, "mais valia para o bem-estar e segurança das pessoas, nomeadamente, na prevenção de incêndios, vigilância de praias, busca e salvamento, transporte urgente de medicamentos e meios médicos".

A comunidade critica ainda a "má utilização" como os "fins que atentem contra a segurança da população".

"Prosseguir o caminho de estreitamento de relações e trabalho conjunto com as autoridades que controlam quer o espaço aéreo, quer a captura de imagens aéreas. Esta disponibilidade de trabalhar em conjunto estende-se naturalmente aos órgãos legisladores", segundo a mesma fonte.

A terceira missão passa por "formar e informar a comunidade para que possa operar as suas aeronaves no respeito por todas as normas de segurança, divulgando boas práticas mesmo para além das que estão previstas na lei".

Neste primeiro encontro estarão presentes a Autoridade Nacional de Aviação Civil (ANAC) e Autoridade Aeronáutica Nacional (AAN), que têm revelado "uma postura de total colaboração com os pilotos".

O mesmo responsável referiu à Lusa que às duas entidades, no âmbito da regulamentação que teve de enquadrar leis de captação de imagens de 1958, só tem elogios a fazer, por estar a ser garantida a "segurança e a lei sem impedir a atividade autorizada" das aeronaves.

Depois de ter estado em consulta pública, é esperada em breve a nova legislação sobre registos e seguros obrigatórios, assim como as conclusões que as autoridades europeias possam divulgar.

"Assim sendo, e no imediato, pensamos que podem ser introduzidas algumas alterações a nível do processo de submissão de autorizações de voo, atualmente feito em ficheiros PDF para plataformas mais eficazes como aplicações móveis e sites ligadas a bases de dados", argumentou José Carlos Lopes.

O encontro de domingo será a "primeira de muitas iniciativas para promover o esclarecimento e aproximação da comunidade com a população em geral", estando previstas "iniciativas de interesse público para realçar a importância desta nova ferramenta".

Além dos pilotos, a comunidade garante que todas as iniciativas estão abertas ao público e comunicação social para de "forma transparente responder a quaisquer preocupações ou dúvidas que naturalmente esta jovem tecnologia possa levantar".

A iniciativa é organizada pela Comunidade Portugal Drone, Junta de Freguesia do Poceirão e Câmara Municipal de Palmela.

Participam 80 pilotos, profissionais e amadores, e autoridades que regem o voo com este tipo de aeronaves não tripuladas, AAN - Autoridade Aeronáutica Nacional e ANAC - Agência Nacional de Aviação Civil.