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GNR deteve 27 pessoas por incêndio florestal em janeiro e fevereiro

A GNR deteve 27 pessoas pelo crime de incêndio florestal em janeiro e fevereiro, uma situação que reforça a necessidade de apostar na prevenção, afirmou hoje o ministro da Administração Interna.

GNR deteve 27 pessoas por incêndio florestal em janeiro e fevereiro
Notícias ao Minuto

14:27 - 28/02/18 por Lusa

País Ministério

Os dois primeiros meses do ano foram muito secos e, por todo o país verificou-se um número muito elevado de incêndios florestais.

"A GNR, em janeiro e fevereiro, realizou 27 detenções por incêndio florestal. Estas características um pouco anómalas devido às alterações climáticas obrigam-nos a estar bastante mais preparados na certeza de que não sabemos antecipar, mas temos que estar o melhor preparados possível para o verão e isso só se pode fazer no inverno e na primavera", afirmou Eduardo Cabrita em Vila Real, à saída de uma reunião com os autarcas da região norte, forças de segurança e representantes dos proprietários florestais.

Questionado sobre as queixas dos autarcas e proprietários a propósito dos prazos alegadamente curtos para cumprir a limpeza dos terrenos, Eduardo Cabrita disse que, até ao final de maio, "é o tempo possível".

"Tudo o resto pode ser aperfeiçoado. Estamos já a fazer muito, vamos fazer bastante até ao próximo verão e no final do verão tiraremos conclusões para que possamos no futuro fazer melhor", salientou.

O ministro reforçou a ideia de que a prevenção de incêndios florestais se faz "sobretudo no inverno" e frisou que este é um "desígnio comum" que envolve o Governo, as estruturas de Estado, forças de segurança, as autarquias locais e os representantes dos produtores florestais.

"E vejo em todos um exemplo do trabalho notável que está a ser feito (...) Agora, que estamos no final de fevereiro, aquilo que posso dizer é que, provavelmente, nunca este tema esteve tão no centro das preocupações dos portugueses e provavelmente nunca se fez tanto pela prevenção", salientou.

Relativamente às queixas dos autarcas sobre a falta de verbas para concretizar a limpeza, Eduardo Cabrita reafirmou que as câmaras "estão a fazer opções que também hoje levam a dar prioridade a esta área".

No final do encontro, o presidente da Câmara de Vila Real, Rui Santos, disse que foram dados passos "no sentido de se articular melhor e de aproximar as posições entre as forças de proteção civil, o Governo e as autarquias".

"Os objetivos são comuns e temos que trabalhar necessariamente em conjunto", frisou.

O autarca socialista ressalvou, no entanto, que "não há o dinheiro necessário para fazer tudo aquilo que a lei aparentemente obriga".

E exemplificou com o caso do concelho de Vila Real "que possui mais de 7.000 hectares para limpar o que, a um preço mínimo de 1.000 euros, daria um investimento de sete milhões de euros".

"Mesmo retirando as festas, 200 ou 300 mil euros, ainda tínhamos que investir 6,7 milhões de euros. Não temos cabimento orçamental para lançar um concurso desta dimensão, não temos meios humanos e materiais para fazer a limpeza que estes 7.000 hectares obrigariam e não nos parece razoável fazer cortes na área na educação, dos transportes públicos, desporto ou ação social", frisou.

"Julgo que, em conjunto, temos dado passos no sentido de encontrar aperfeiçoamentos nos procedimentos e na lei que a todos deixe com a consciência tranquila", afirmou.

A reunião que decorreu em Vila Real contou ainda com a presença do ministro da Agricultura, Capoulas Santos.

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