Guardas prisionais alvo de processos disciplinares vão ser ouvidos terça
Os 16 guardas prisionais alvo de um processo disciplinar instaurado pela Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP) vão começar a ser ouvidos a partir de terça-feira, disse hoje à agência Lusa um dos envolvidos.
© Getty Images
País DGRSP
Os 16 guardas prisionais são do Estabelecimento Prisional de Lisboa (EPL) e na origem dos processos disciplinares está a recusa em realizarem trabalho extraordinário, entre as 16:00 e as 19:00, no dia 9 de fevereiro, adiantou.
O guarda prisional, que não quis ser identificado, explicou que os 16 guardas do EPL foram notificados para responder ao processo disciplinar, começando as inquirições na terça-feira.
Adiantou que estão a ser acusados de não cumprirem os deveres "de prossecução do interesse público, de zelo, obediência e lealdade".
Já depois deste episódio, registou-se também no EPL, a 10 de fevereiro, distúrbios provocados por reclusos em resultado do encurtamento do período das visitas, motivado pela recusa de guardas prisionais em prolongar o seu horário de trabalho.
Segundo fonte ligada ao EPL, os reclusos partiram caixotes do lixo, deitaram a comida para o chão e vandalizaram o refeitório à hora de jantar, tendo sido necessário chamar à cadeia o grupo de intervenção policial dos serviços prisionais.
Alguns reclusos chegaram a incendiar caixotes do lixo, adiantou a fonte.
Em declarações à imprensa, o diretor-geral das cadeias, Celso Manata, afirmou que os guardas alvo de processos disciplinares abandonaram o serviço e recusaram fazer as horas extraordinárias, como ficou estabelecido no novo horário de trabalho em vigor desde 02 de janeiro em seis estabelecimentos prisionais, um dos quais o EPL.
O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) realizou hoje uma vigília junta à DGRSP para pedir a demissão de Celso Manata, estando em causa a imposição dos novos horários de trabalho.
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