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Ex-bombeiro condenado por atear fogo. Fica em domiciliária no verão

O homem foi condenado a pena suspensa mas ficará em prisão domiciliária nos meses críticos dos fogos.

Ex-bombeiro condenado por atear fogo. Fica em domiciliária no verão
Notícias ao Minuto

10:40 - 12/02/18 por Notícias Ao Minuto

País Justiça

Um ex-bombeiro foi condenado a quatro anos de prisão, com pena suspensa, por ter ateado um incêndio no concelho de Oliveira de Azeméis, em 2016, avança a TVI.

Apesar da pena suspensa, o homem irá ficar em prisão domiciliária entre o início de julho e o fim de agosto, como medida preventiva, ou seja, no período em que a probabilidade de incêndios é mais elevada.

Saliente-se que o ex-bombeiro estava indiciado por três crimes, mas acabou apenas por ser condenado por um deles, sendo que deverá ainda tratar-se no que toca aos problemas que tem com o álcool.

É também de referir que a Polícia Judiciária acreditava que estava em causa a autoria de 26 incêndios florestais na região de Oliveira de Azeméis, mas apenas houve provas para acusar o ex-bombeiro de três crimes.

Durante o julgamento, o arguido negou todas as acusações, apesar do depoimento de várias testemunhas que dizem tê-lo visto próximo de locais onde ocorreram os incêndios.

O suspeito disse ainda que foi bombeiro na década de 1990, tendo sido expulso da corporação após ter sido condenado a três anos de prisão efetiva, por um crime de incêndio florestal, e garantiu que não sente atração pelo fogo.

À saída da sala de audiências, o advogado do arguido, Márcio Correia, manifestou-se satisfeito com a decisão, mas criticou a forma como decorreu a investigação, adiantando que as autoridades procuraram fazer do seu cliente um "bode expiatório" para acalmar a comunidade.

"O arguido estava indiciado por mais de 20 incêndios, alguns de forma inexplicável, do ponto de vista factual, porque ele não tem carta, nem carro, e isso tornava impossível ter ateado fogos florestais com distâncias entre os locais de incêndio de centenas de quilómetros", disse o causídico.

O homem foi detido pela Polícia Judiciária (PJ) na sequência de uma investigação relacionada com inúmeros incêndios que deflagraram quase diariamente, em diversos lugares de Oliveira de Azeméis, no verão de 2016.

Na altura, a PJ disse que o arguido, residente em Fajões, estava "fortemente" indiciado pela autoria de 26 incêndios florestais ocorridos naquele concelho.

No entanto, o Ministério Público (MP) só encontrou indícios para o acusar de três incêndios, ocorridos a 4 e 25 de julho e 16 de agosto, arquivando o processo relativamente às outras 23 situações.

O incêndio de 25 de julho foi o que assumiu maiores proporções, tendo consumido uma área de cinco hectares de floresta. Para combater este fogo tiveram de ser mobilizadas 14 corporações de Bombeiros do distrito. 

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