Seis chineses acusados de usura, roubo e rapto em empréstimos para jogo
O Ministério Público (MP) acusou seis arguidos, de nacionalidade chinesa, de crimes de associação criminosa, usura, roubo agravado, sequestro e rapto, num caso relacionado com empréstimo para jogo no Casino de Lisboa, divulgou hoje o MP.
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País Casino
Segundo a Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL), está indiciado que, pelo menos desde o início de 2017, os arguidos, criaram uma estrutura organizada de modo a garantir a liquidez necessária à concessão dos empréstimos e o seu posterior reembolso, acrescido dos juros estipulados, nos termos por eles definidos, se necessário com recurso à violência contra pessoas e bens.
"Para tanto, os arguidos deslocavam-se diariamente ao Casino de Lisboa, permanecendo no seu interior durante o respetivo período de funcionamento e concediam empréstimos aos jogadores, de nacionalidade chinesa, que a eles recorriam, por meio disponibilização de fichas do Casino de Lisboa, ao que os suspeitos exigiam o pagamento antecipado dos juros, calculado à taxa de 5%", precisa a PGDL.
Os devedores em situação de incumprimento - adianta a PGDL - eram molestados física e psicologicamente, perseguidos, manietados e agredidos fisicamente pelos arguidos, para assim os deixarem na impossibilidade de resistir e se apropriarem dos bens e valores que aqueles tivessem na sua posse ou disponibilidade, obtendo, por essa via, o reembolso das quantias emprestadas.
Quatro dos arguidos estão em prisão preventiva, tendo a investigação sido efetuada pelo Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa e executada pela Unidade Nacional de Combate ao Terrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária.
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