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Sindicato dos chefes da PSP manifesta desagrado com esquadras complexas

O Sindicato Nacional da Carreira de Chefes da PSP (SNCC) manifestou hoje ao ministro da Administração Interna desagrado em relação à criação das esquadras complexas, considerando tratar-se de "uma forma encapotada de promover oficiais".

Sindicato dos chefes da PSP manifesta desagrado com esquadras complexas
Notícias ao Minuto

18:58 - 16/01/18 por Lusa

País SNCC

O SNCC foi um dos cinco sindicatos da PSP hoje recebidos por Eduardo Cabrita no âmbito das reuniões que o ministro está a realizar com as estruturas sindicais para análise das questões socioprofissionais.

No final do encontro, o presidente do SNCC, Manuel Gouveia, disse à agência Lusa que abordaram com o ministro a recente criação das esquadras complexas, tendo em conta que estas novas unidades não se justificam e foram criadas pela direção nacional da PSP "para promover oficiais e aumentar o seu salário", aumento que, em alguns casos, chega aos 600 euros.

A PSP criou 67 esquadras complexas em diferentes zonas do país, um novo conceito operacional comandado por comissários, cuja constituição depende das valências e do número de efetivos, segundo a ordem de serviço que define estas unidades.

As esquadras complexas, previstas na lei orgânica da Polícia de Segurança Pública de 2009, foram criadas por despacho assinado pelo diretor nacional da PSP, superintendente-chefe Luís Farinha, em dezembro de 2017, após terem sido promovidos mais de 100 comissários.

A direção nacional da PSP "arranjou um nome às esquadras para promover estes oficiais", disse o sindicalista, sublinhando que manifestaram o desagrado ao ministro quanto a estas novas unidades.

"Promoveram muitos oficiais, mas como não têm onde os colocar de um dia para outro resolveram em pegar nas esquadras normais e começar a apelida-las de complexas. Se até hoje, 2018, não eram complexas, eu queria saber o que aconteceu em Portugal, em termos de segurança, para se transformar as esquadras em complexas", sustentou.

Na reunião com Eduardo Cabrita, o SNCC manifestou também o desagradado quanto às irregularidades que a direção nacional da Polícia de Segurança Pública "está a praticar relativamente à promoção da carreira de chefes".

Segundo Manuel Gouveia, há chefes que estão na carreira há menos tempo e estão a ultrapassar outros com mais anos de serviço.

Como exemplo, referiu que para o atual concurso para chefe coordenador (topo da carreira) concorreram polícias que estão no posto de chefe (escalão mais baixo), não tendo passado por chefe principal (posto intermédio).

Manuel Gouveia disse ainda que há chefes que estão com a carreira congelada há cerca de 15 anos, não tendo sido promovidos por falta de verbas.

O ministro recebeu ainda, ao longo da tarde de hoje, o Sindicato de Polícia Pela Ordem e Liberdade, o Sindicato Independente Livre da Polícia, o Sindicato dos Oficiais de Polícia e o Sindicato de Agentes da Polícia de Segurança Pública.

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