FNAC respeita reivindicações, mas tem "modelo mais justo"
A FNAC Portugal respeita as reivindicações dos trabalhadores, que estão hoje em protesto, e está aberta ao diálogo, mas acredita ter "um modelo mais justo baseado no mérito", disse à Lusa fonte oficial da cadeia de retalho.
© FNAC
País Protestos
Cerca de meia centena de trabalhadores da FNAC manifestaram-se hoje à porta da sede, em Lisboa, para reivindicar "aumentos de salários" e "horários humanizados", numa ação de protesto que inclui greve em todas as lojas.
"Respeitamos as reivindicações e estamos abertos ao diálogo, mas acreditamos ter um modelo mais justo baseado no mérito", disse fonte oficial da FNAC.
Empunhando cartazes onde se lia "Trabalhadores da FNAC exigem: aumentos salariais para todos já" ou "Trabalhadores da FNAC exigem: horários humanizados", cerca de meia centena de funcionários concentraram-se à porta da sede da FNAC em Lisboa, nas Amoreiras, cerca das 11h00, para manifestar a sua luta "contra a precariedade, pelo aumento dos salários e por horários regulados".
"Estamos aqui a protestar contra a postura da empresa perante as nossas reivindicações: aumentos de salários, estão congelados há quase 10 anos, horários humanizados, temos horários completamente desregulados, o pagamento do trabalho suplementar e os 25 dias de férias", disse aos jornalistas o dirigente sindical Álvaro Gonçalves.
Álvaro Gonçalves disse que a empresa recebeu o caderno reivindicativo no dia 17 de outubro e acrescentou que o único ponto "positivo" é que a FNAC vai "tentar ver os horários a partir de fevereiro".
No entanto, "como recebemos horários com 40 dias de antecedência, vimos que os de janeiro estão na mesma".
A FNAC também ofereceu dois dias de férias com majoração, mas segundo o sindicalista isso não é suficiente, já que se um trabalhador tiver de faltar por morte de um familiar, como é o seu caso, perde direito aos mesmos.
O PCP marcou presença no protesto através da deputada Ana Mesquita.
"Temos acompanhado a luta dos trabalhadores da FNAC em defesa da contratação coletiva e também por melhores salários", disse, em declarações à Lusa, a deputada.
O protesto foi promovido pelo CESP - Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal.
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