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Greve no setor da saúde vai ser "a maior dos últimos anos"

Os profissionais de saúde iniciaram às 00:00 de hoje uma greve de 24 horas, que não abrange médicos nem enfermeiros, mas que os sindicatos acreditam que "vai ser a maior dos últimos anos".

Greve no setor da saúde vai ser "a maior dos últimos anos"
Notícias ao Minuto

06:27 - 24/11/17 por Lusa

País FESAP

Convocada pelas estruturas da UGT (FESAP) e da CGTP-IN (Frente Comum), a greve deverá provocar problemas no funcionamento dos serviços, nas consultas, atendimento e diagnósticos, segundo afirmou José Abraão, secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP).

"Neste momento, no que é possível avaliar, porque os outros serviços não abriram, ao nível dos hospitais como Aveiro, Coimbra, Santa Maria ou Maternidade Alfredo da Costa tudo indica que há mais gente a fazer greve, que na última que se realizou na saúde", disse à Lusa o sindicalista, cerca das 00:45.

José Abraão explicou que a greve deve abranger cerca de 200 mil trabalhadores, garantindo que os serviços mínimos vão ser cumpridos.

"Esta greve vai ser a maior dos últimos anos, porque cobre um número enorme de serviços e trabalhadores, e porque as pessoas estão muito zangadas, revoltadas e prejudicadas e querem manifestar o seu protesto", salientou.

O sindicalista salientou que os trabalhadores "estavam à espera" que os sindicatos avançassem para esta forma de luta, de modo a "mostrar ao governo que existe necessidade de se sentar à mesa para negociar".

Entre as motivações da greve está a falta de acordo coletivo de trabalho para 40 mil profissionais de saúde com contratos individuais de trabalho, mas que não beneficiam do descongelamento das carreiras, nem têm horário semanal de 35 horas, sobretudo dos hospitais EPE (Entidades Públicas Empresariais).

Em causa está, nomeadamente, a valorização das carreiras dos assistentes técnicos (administrativos) e assistentes operacionais (auxiliares).

"São necessárias soluções para os contratos individuais de trabalho, para a questão das 35 horas de trabalho semanal e também uma nova visão sobre aquilo que são os serviços de saúde, que não podem ficar reduzidos à preocupação do governo relativamente aos médicos e enfermeiros", defendeu.

O secretário-geral da FESAP acredita que ao longo do dia o impacto da greve vai aumentar, afetando instituídos ligados à saúde, Administrações Regionais de Saúde, unidades de saúde familiar e hospitais, em áreas como as consultas externas, urgências ou blocos operatórios.

"No próximo dia 29, na reunião que vamos ter com a secretário de estado da Administração Pública pode haver uma resposta no sentido da negociação. A insatisfação de todo o setor vai ser sentida de forma clara e o que pretendemos é abertura de um processo negocial", disse.

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