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Advogado de um dos seguranças do Urban: "O meu cliente teve um dia mau"

Dois dos três seguranças detidos ficam em prisão preventiva. O terceiro sai em liberdade mas está impedido de contactar os outros arguidos e de exercer a atividade.

Advogado de um dos seguranças do Urban: "O meu cliente teve um dia mau"
Notícias ao Minuto

18:17 - 04/11/17 por Pedro Filipe Pina

País Joaquim Oliveira

Já são conhecidas as medidas de coação aplicadas aos três seguranças do Urban Beach que foram detidos na sequência das violentas agressões que ocorrem à porta da discoteca lisboeta esta semana.

Dois dos seguranças foram constituídos arguidos pelo crime de homicídio na forma tentada. O terceiro saiu em liberdade. Está acusado de ofensas à integridade física e impedido de contactar os outros arguidos e de exercer atividade como segurança.

Joaquim Oliveira, advogado de um dos arguidos que ficou em preventiva, falou aos jornalistas que se encontravam no Campus da Justiça. Tentando aligeirar o caso, afirmou que as vítimas estavam "quase em coma alcoólico" e que o seu cliente teve "um dia mau".

Para o causídico, a prisão preventiva é excessiva e foi aplicada "para dar uma satisfação aos media e ao poder instituído o meu cliente ficou efetivamente em prisão preventiva".

O advogado defendeu que a comunicação social "normalmente vai ao final, não vai ao princípio". E que, "no princípio" deste caso, os agredidos estavam "quase em coma alcoólico".

"Como devem perceber, alguém que está quase em coma alcoólico tem atitudes intempestivas e arrogantes que determinam reações", afirmou.

Questionado sobre a violência das agressões, o advogado afirmou: "Todos nós temos um dia mau na nossa vida. Foi um dia mau para o meu cliente, um dia mau na vida dele, apenas isso. Não estou justificando nada. Agora… as coisas começam por algum motivo".

Questionado sobre a violência visível nas imagens, Joaquim Oliveira desvaloriza as imagens. Afirmou que “o que está escrito nos laudos médicos não tem nada a ver com as imagens” que foram reveladas e acrescentou ainda que “as imagens produziram um efeito que não corresponde à materialidade do dano das vítimas”.

O advogado disse ainda que “não há danos em tecidos” nem “em ossos”, antes de deixar a questão: “Como é que é possível saltar na cabeça de alguém e não lhe provocar uma lesão?”

Uma das jornalistas presentes insistiu: “Mas aquele salto aconteceu”, ao que o advogado respondeu que foi “no ombro, não foi na cabeça”.

O “salto” em causa, saliente-se, diz respeito a um momento do vídeo em que se vê um dos agressores a saltar e aterrar de pés juntos sobre a vítima, já no chão.

Ainda sobre o “dia mau” do seu cliente, Joaquim Oliveira realçou que no seu passado também já se “passou”. “Felizmente as coisas não descambaram”.

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