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Marcelo queria casas de Pedrógão prontas até ao Natal, Costa não garante

O primeiro-ministro espera que os procedimentos utilizados em Pedrógão para reabilitar habitações possa ser agora replicado às regiões afetadas pelos fogos de 15 de outubro.

Marcelo queria casas de Pedrógão prontas até ao Natal, Costa não garante
Notícias ao Minuto

19:09 - 25/10/17 por Notícias Ao Minuto com Lusa

País Recuperação

O primeiro-ministro António Costa esteve, esta quarta-feira, em Pedrógão com o objetivo de visitar as obras de recuperação das habitações afetadas pelos incêndios.

Em declarações aos jornalistas, o chefe de Estado salientou que o trabalho que tem vindo a ser desenvolvido reflete o esforço “das autarquias para definir a melhor estratégia e a forma mais eficaz de aplicar os diferentes donativos e vontades das pessoas que se têm mobilizado. E estamos confiantes de que vai ser possível repetir o processo nas outras regiões do país afetadas pelos incêndios de 15 de outubro”.

Questionado sobre se as obras nas habitações de Pedrógão estarão concluídas até ao Natal, de acordo com o desejo expresso por Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa foi perentório ao afirmar que o “Presidente da República apenas formulou um desejo. De acordo com o trabalho que estamos a fazer, muitas obras vão estar prontas, mas não estará tudo concluído até ao Natal”.

Para o primeiro-ministro, o trabalho que está a ser feito “é extraordinário”. É de salientar “o empenho dos projetistas, a capacidade dos autarcas de arranjarem projetos piloto, o esforço feito nos licenciamentos e a mobilização dos apoios para a construção". Se as obras estiverem em andamento até ao Natal é sinal de que “estamos a conseguir regenerar”.

Para além das obras concluídas, há cerca de 90 intervenções "já em fase de obra" ou para "arranque iminente", anunciou o primeiro-ministro.

António Costa realçou que estes números significam que já "mais de 66% das casas" de primeira habitação estão concluídas ou em fase de intervenção, na zona afetada pelos incêndios de Pedrógão Grande e Góis, em junho.

Relativamente ao apoio aos pequenos agricultores, António Costa salientou que os valores “até aos 1053 euros foram assumidos pela Segurança Social e até aos cinco mil euros pelo Fundo Revita. Resta agora a tramitação burocrática da mobilização dos fundos comunitários para os restantes 300 agricultores afetados pelos incêndios”.

Em suma, “agilizámos bastante os mecanismos utilizados em Pedrógão que serão agora aplicados aos territórios afetados pelos incêndios de 15 de outubro”.

Segundo dados divulgados à agência Lusa pela presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, há 55 obras em execução, 15 consignadas e 16 em adjudicação.

Há ainda 28 em consulta de preço, 41 em projeto e 10 obras em avaliação.

Ao todo, os custos de recuperação das 238 habitações permanentes afetadas em Pedrógão Grande, Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Sertã e Penela é de cerca de nove milhões de euros, refere o documento da CCDRC.

O fundo Revita financia 89 intervenções, a União das Misericórdias e a Fundação Calouste Gulbenkian 41 obras, a Cáritas de Coimbra 35, a SIC Esperança 17 e a Misericórdia de Lisboa cinco.

Segundo os dados da CCDRC, há ainda 39 obras a cargo do proprietário financiadas pela companhia de seguros, nove suportadas por doadores particulares ou empresas e três a cargo do proprietário.

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