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Madeira: "Não se fechem em casa. Não tenham vergonha de pedir ajuda"

Presidente da Junta do Monte, no Funchal, faz um apelo à população que assistiu à tragédia.

Madeira: "Não se fechem em casa. Não tenham vergonha de pedir ajuda"
Notícias ao Minuto

14:15 - 16/08/17 por Melissa Lopes

País Idalina Silva

Idalina Silva, presidente da Junta de freguesia do Monte, no Funchal, fez esta quarta-feira um apelo à população que de alguma forma foi afetada pela queda de uma árvore que vitimou mortalmente 13 pessoas e feriu dezenas de outras.

"O apelo que eu faço é, como este é um arraial de cariz regional, as pessoas que assistiram a isto, a este drama, que não se fechem em casa. Dirijam-se aos seus centros de saúde, às juntas de freguesia e que não tenham vergonha de pedir ajuda. É isso que eu peço neste momento", disse a autarca em declarações Notícias ao Minuto.

Escusando-se a prestar qualquer declaração sobre a já controversa discórdia acerca de eventuais responsabilidades pelo sucedido, Idalina Silva reforçou que este é o momento de dar apoio às populações, às famílias. "Foi uma tragédia que se abateu sobre nós", lamentou. "Vai tudo ser esclarecido, neste momento é para estar com as famílias. O fundamental agora é o acompanhamento psicológico que já está a ser providenciado", vincou a autarca, ao mesmo tempo que se dirigia a casa de uma família. "O tempo agora é para eles", realçou.

As únicas palavras de Idalina hoje são para as "famílias afectadas". Todavia, ontem afirmou que o caso das ávores no Monte já havia sido reportado à Câmara Municipal do Funchal, referindo ainda que as árvores do local não eram desbastadas “há muito tempo”.

Porém, o presidente da Câmara Municipal do Funchal, Paulo Cafôfo, apressou-se a desmentir Idalina Silva. Destacando que está preparado para “assumir todas responsabilidades que tiver de assumir”, o autarca sublinhou que o carvalho em causa não estava sinalizado por nenhuma entidade ou cidadão. O presidente de Câmara explicou ainda que a árvore que caiu era um carvalho que “aparentava boa saúde, até pela copa verde que tinha” e que os “técnicos têm feito intervenções sistemáticas”. “Há um histórico há anos de queda de galhos de plátanos, nunca houve referência a outras árvores”, acrescentou.

O Ministério Público veio, entretanto, anunciar a instauração de um inquérito na sequência da queda da árvore no Largo da Fonte, para perceber o que terá levado à queda da árvore, por forma a apurar responsabilidades. Já hoje, segundo a TVI, um perito identificou um fungo nas raízes da árvore que a terá levado a ceder. 

Saliente-se que, de acordo com o último balanço do Hospital do Funchal, 13 pessoas morreram e 49 ficaram feridas, sendo que sete permanecem internadas em estado considerado "crítico".

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