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Madeira: Árvores no Largo da Fonte não são desbastadas "há muito tempo"

As árvores de grande porte existentes no Largo da Fonte, no Funchal, onde a queda de uma matou hoje 13 pessoas e feriu 50, não são desbastadas "há muito tempo", disse a presidente da Junta de Freguesia do Monte.

Madeira: Árvores no Largo da Fonte não são desbastadas "há muito tempo"
Notícias ao Minuto

19:56 - 15/08/17 por Lusa

País Junta de Freguesia

Idalina Silva explicou à agência Lusa que foram apresentados pedidos de intervenção à Câmara Municipal do Funchal, atualmente liderada pela coligação Mudança (PS, BE, PTP, MPT e PAN), mas assegurou que a última "limpeza de fundo" ocorreu "há muito tempo", no decurso da anterior vereação chefiada pelo PSD.

A presidente da Junta de Freguesia encontrava-se esta tarde no local, onde ainda decorrem as operações de remoção da árvore - um plátano - que caiu sobre uma multidão que aguardava a passagem da procissão de Nossa Senhora do Monte, a padroeira da Madeira, pouco depois do meio-dia.

No Largo da Fonte permanecem também alguns comerciantes, que montaram as barracas no local onde iria decorrer um dos maiores arraiais da Madeira, e que presenciaram o momento da tragédia.

Domingos Perestrelo, por exemplo, estava a gravar um vídeo através do telemóvel, em direto para a sua conta na rede social no Facebook, quando a árvore caiu.

"A primeira sensação foi de pequenos galhos a bater uns nos outros, mas depois aquilo acelerou e bateu com grande estrondo no chão", contou à Lusa, explicando que tinha o telemóvel fixo num canto da barraca e estava a gravar o ambiente para ter "uma recordação" da festa.

A árvore de grande porte tombou num local do Largo da Fonte, a principal praça da freguesia do Monte e uma das mais emblemáticas do concelho do Funchal, onde existia um ponto de venda de velas e onde se concentrava uma grande multidão.

"Parecia um terremoto", disse outro comerciante.

Ao seu lado, um popular chama atenção para o facto de várias daquelas árvores centenárias estarem amarradas a cabos de sustentação, devido ao seu grande porte, e remata, dizendo que "em Portugal é sempre assim: casa arrombada, trancas à porta".

Entretanto, nas instalações da Junta de Freguesia, também situada no Largo da Fonte, continua a funcionar um gabinete de apoio psicológico, que presta apoio às pessoas que presenciaram a tragédia.

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