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Metade dos portugueses participou numa actividade de aprendizagem

Quase metade da população dos 18 aos 64 anos participou em alguma atividade de educação formal ou não formal em 2011, um aumento de 17,9 pontos percentuais face a 2007, revela hoje um inquérito do Instituto Nacional de Estatística.

Metade dos portugueses participou numa actividade de aprendizagem
Notícias ao Minuto

13:58 - 14/06/13 por Lusa

País 2011

O “Retrato evolutivo da educação, formação e aprendizagem da população adulta em Portugal” divulga os resultados da segunda edição do projeto IEFA – Inquérito à Educação e Formação de Adultos, realizado em 2011, comparando-os com os da primeira edição, que decorreu em 2007.

O inquérito recolhe dados sobre a participação da população adulta em atividades de educação formal e/ou não formal, designadas por aprendizagem ao longo da vida (ALV), e de aprendizagem informal, decorrente das atividades da vida quotidiana relacionadas com o trabalho, a família, a vida social ou o lazer, numa base de autoaprendizagem.

Em 2011, participaram em ALV 48,8% das pessoas com idade dos 18 aos 64 anos, proporção acima da média da União Europeia a 27 países (40,8%).

A participação das mulheres foi ligeiramente superior à dos homens (49,5% e 47,9%), respetivamente.

A participação foi decrescente com a idade: 79,3% tinham entre 18 e 24 anos, baixando até 22,0% para a população dos 55 aos 64 anos.

Segundo o INE, a participação foi “fortemente condicionada pela escolaridade, passando de 10,5% na população sem qualquer nível de escolaridade completo para 75,5% na população com ensino superior”.

A participação em ALV aumenta também na “razão direta do nível de escolaridade dos pais, o que sugere a existência de transmissão intergeracional da educação entre pais e filhos” e foi superior na população ativa (51,8%).

Foi mais elevada nos grupos profissionais mais qualificados: especialistas das atividades intelectuais e científicas (80,1%), técnicos e profissionais de nível intermédio (66,9%) e forças armadas (64,4%).

Todas as regiões do país registaram um aumento na participação da população em atividades de ALV, tendo a Madeira registado um aumento superior à média nacional, de 24,3 pontos percentuais (p.p.).

Os dados indicam que 68,5% da população dos 18 aos 64 anos participaram em atividades de aprendizagem informal em 2011, um aumento de 27,7 p.p. face a 2007 (40,8%).

A participação foi mais acentuada na população mais jovem, mais qualificada (cujos pais eram igualmente mais escolarizados), que se posicionava nos escalões mais elevados da distribuição do rendimento e entre quem conhecia mais línguas e tinha hábitos regulares de leitura de livros e de jornais.

Os maiores aumentos verificaram-se na população adulta (dos 35 aos 54 anos) e com menores qualificações escolares (1º e 2º ciclos do ensino básico) e trabalhadores não qualificados.

Familiares, amigos ou colegas constituíram o meio de aprendizagem informal mais utilizado (50,1%), seguido do computador (46,3%) e dos livros e revistas especializadas (42%).

Mais de três quartos das atividades desenvolvidas relacionavam-se com interesses pessoais nas áreas da educação e formação, nos serviços (23,0%), nas humanidades (19,7%) e nas ciências, matemática e informática (15,6%).

Portugal foi o segundo país da UE27 a registar o maior acréscimo em termos de participação em atividades de aprendizagem ao longo da vida (18 p.p.), a seguir à Hungria (32,1 p.p.).

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