“Convergem muitos indícios e provas de que o SIRESP falhou”
Miguel Sousa Tavares estranha que entidade privada que vendeu sistema de comunicações ao Estado esteja isenta de responsabilidades “se houver uma calamidade” e o sistema falhar.
© Global Imagens
País Miguel Sousa Tavares
No seu comentário semanal na SIC, Miguel Sousa Tavares abordou as suspeitas de falhas no SIRESP na tragédia de Pedrógão Grande. O comentador disse que “convergem muitos indícios e provas de que o SIRESP falhou”.
Miguel Sousa Tavares disse que teve acesso ao contrato do SIRESP e mostrou-se preocupado com o capítulo 17 deste contrato, que “isenta de responsabilidades a entidade privada que vendeu o sistema a Estado, quando há motivos de força maior”. Motivos esses que, segundo Sousa Tavares, podem ser “um terramoto ou um raio que caia numa floresta, que foi o que aconteceu”.
O comentador estranha que se tenha pago “uma fortuna, 600 milhões de euros, para ter um sistema de comunicações das várias entidades de segurança que funciona quando o resto falhou, e eles estão isentos de responsabilidade se houver uma calamidade e aquilo falhar”.
“Se se confirmar que o SIRESP teve culpas disto, e que não há hipótese de ir pedir uma indemnização em nome dos que morreram, então acho que isto é uma vergonha e temos de passar ao capítulo seguinte, analisar quem faz estes contratos para o Estado e porque é que eles acontecem assim”, acrescentou Miguel Sousa Tavares, que também lamentou as desculpas habituais dos dirigentes sindicais das autoridades e forças de segurança na sequência destas tragédias.
“Já começa a ser tristemente habitual, quando acontecem tragédias ou grandes desastres, aparecerem dirigentes sindicais a dizerem que têm falta de meios”.
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