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"Que floresta queremos? Há 50 anos que digo a mesma coisa"

Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses acusa governantes de “falta de vontade política”. “Temos de perguntar que floresta queremos para Portugal. Há 50 anos que eu digo as mesmas coisas”, afirmou.

"Que floresta queremos? Há 50 anos que digo a mesma coisa"
Notícias ao Minuto

10:10 - 20/06/17 por Goreti Pera

País Jaime Marta Soares

As comunicações são a grande falha que se pode apontar” no incêndio de Pedrógão Grande que causou a morte a 64 pessoas, deixando mais de uma centena ferida.

A convicção é do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses. Em entrevista à RTP, Jaime Marta Soares admitiu que “o SIRESP, um sistema moderno que envolve todas as forças, falhou” e que “a falha nas comunicação é um entrave de peso e espero que rapidamente o problema esteja resolvido”.

“A Liga dos Bombeiros não deixará que isto fique como antes. Este incêndio tem de proporcionar um grande e sério debate, uma análise aprofundada. Não vamos mais deixar passar ao lado muitas das coisas que há muito tempo andamos a dizer”, reclamou o representante, convicto de que “não tem que haver dispositivos, mas um só dispositivo, começa a 1 de janeiro e acaba a 31 de dezembro”.

Três dias após a tragédia em Pedrógão Grande, Jaime Marta Soares “lança um apelo para que o Governo acione imediatamente a fase Charlie, que começa só no próximo mês, de forma a haver um reforço de operacionais no terreno”.

Mas admite que mesmo um reforço de meios poderia não ter sido suficiente para evitar o maior fogo que alguma vez afetou Portugal. “Eu nunca vi um incêndio tão brutal, tão dantesco, como este”, justificou.

Na entrevista concedida à RTP, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses acusou os governantes de “falta de vontade política” e reforçou um apelo que vem sendo feito há décadas: “Temos de perguntar que floresta queremos para Portugal. Há 50 anos que eu digo as mesmas coisas”.

“Têm de ser tomadas atitudes/leis que vão custar muito. Essas leis têm um objetivo: que o coletivo se sobreponha ao individual, doa a quem doer”, sublinhou, classificando de “gravíssimo” o facto de o plano nacional contra incêndios não ser revisto há quatro anos.

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