Segundo Vivalda Silva, do Sindicato dos Trabalhadores de Serviço de Portaria, Vigilância, Limpeza, Domésticas e Atividades Diversas (STAD), a greve está a ter uma adesão de cerca de 95%.
Para contestar e denunciar a situação, cerca de meia centena de trabalhadores estiveram concentrados esta manhã em frente ao hospital.
Vivalda Silva adiantou que "os trabalhadores estão a cumprir uma greve de 24 horas na sequência de cortes salariais que a empresa tem vindo a fazer todos os meses".
"Os trabalhadores, mesmo não faltando [ao trabalho], estão a ter cortes por faltas injustificadas", explicou.
Outra reivindicação dos cerca de 100 trabalhadores é pagamento do trabalho prestado em dias em dias feriado.
"As trabalhadoras são obrigadas a trabalhar sábados, domingos e feriados" e em relação a estes a empresa "dá-lhes um dia de compensação, mas não paga o trabalho extraordinário", disse a sindicalista.
Por estas razões, "as trabalhadoras resolveram partir para a luta porque com esta empresa é muito difícil chegar a algum acordo, dizendo mesmo impossível".
Questionada sobre o impacto da paralisação no hospital, Vivalda Silva disse que a limpeza está a ser assegurada por "três trabalhadoras que não fizeram greve e pelas chefias".
Contactado pela Lusa, o Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (CHLO), ao qual pertence o Hospital Egas Moniz, adiantou que as limpezas estão a ser asseguradas e que se trata de um problema entre os trabalhadores e a empresa.
A dirigente sindical alertou também para "as instalações onde as trabalhadoras tomam as refeições e se fardam e desfardam" no hospital, afirmando que "são muito velhas, não têm dignidade nenhuma".
"O hospital tem alguma responsabilidade, porque as instalações são suas, mas é com a empresa de limpeza que temos de reclamar", frisou.