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Bloco exorta Governo a resolver lista de espera no hospital Rovisco Pais

O Bloco de Esquerda (BE) exortou hoje o Governo a resolver um problema de cinco a seis meses de listas de espera que afeta o Centro de Medicina de Reabilitação da Região Centro (Rovisco Pais).

Bloco exorta Governo a resolver lista de espera no hospital Rovisco Pais
Notícias ao Minuto

15:19 - 27/02/17 por Lusa

País Catarina Martins

De acordo com a coordenadora do BE, Catarina Martins, para resolver o problema das listas de espera naquela unidade hospitalar do Serviço Nacional de Saúde - que serve doentes vítimas de AVC (Acidente Vascular-Cerebral) e acidentes de viação ou de trabalho e patologias degenerativas, com uma área de referência estimada em 2,3 milhões de pessoas - são necessários cerca de 3,4 milhões de euros em obras de ampliação que permitam a criação de mais 64 camas.

"Há um projeto de recuperação dos edifícios antigos para que possam ser criadas mais 60 camas, importantíssimo porque neste momento a lista de espera é de cinco a seis meses para as pessoas poderem ser admitidas. Pessoas que tiveram um acidente de viação, um acidente de trabalho, um AVC não podem esperar cinco a seis meses para começarem a sua reabilitação", disse Catarina Martins, durante uma visita à instituição.

A coordenadora do BE frisou ainda que pouco mais de três milhões de euros "fazem a diferença, entre as pessoas terem acesso a reabilitação de que precisam ou ficarem meses à espera".

"É importantíssimo que o Governo, que já tem todo o processo preparado e sabemos que há fundos europeus que podem ser alocados aqui, dê os passos que faltam para que este projeto possa avançar", defendeu.

Já Vítor Lourenço, presidente do Conselho de Administração do Rovisco Pais, disse que a instituição procurou recuperar um projeto de Centro de Reabilitação que datava de 1996 - iniciado pelo médico e antigo Bastonário da Ordem dos Médicos, Santana Maia, já falecido e que hoje dá nome a um dos principais pavilhões do hospital - que apontava para a existência de 144 camas.

Vítor Lourenço explicou que o centro de reabilitação tem, desde outubro, um processo de candidatura a fundos europeus a aguardar decisão, com um prazo de execução em obra de cerca de um ano "para completar o projeto iniciado há 20 anos e passar a dispor de 144 camas", o que, na sua opinião, resolveria o problema das listas de espera.

"Este projeto não é obra de engenharia. É um projeto de expansão, que envolve obra em termos de estrutura, mas tem acoplado projetos de investigação", com as universidades de Coimbra e Aveiro e do Biocant Park de Cantanhede, no domínio das células estaminais.

Um dos projetos, já em curso, relaciona-se com os acidentes vasculares cerebrais e a morte cerebral e outro, sobre lesões ao nível medular e da coluna vertebral está também nos planos da administração do Rovisco Pais.

"É um processo mais lento, que envolve outras áreas de investigadores, mas as pessoas já vêm até nós, disponibilizando-se para fazer esse caminho, sendo certo que o 'levanta-te e anda' é uma utopia que perseguimos, mas a recuperação do doente é o nosso desígnio", declarou.

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