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Pinto Ramalho defende que CPLP deve apostar na gestão de crises

O general Pinto Ramalho defendeu hoje que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) devia ganhar capacidades no domínio da prevenção e gestão de crises e apontou a cooperação técnico-militar como instrumento essencial.

Pinto Ramalho defende que CPLP deve apostar na gestão de crises
Notícias ao Minuto

15:31 - 22/02/17 por Lusa

País General

Intervindo numa conferência sobre a cooperação técnico-militar no quadro da CPLP, no parlamento, o ex-chefe do Estado-Maior do Exército defendeu que a comunidade deveria "ganhar capacidades no domínio da prevenção e gestão de crises".

Para o ex-diretor-geral de Política de Defesa Nacional, a segurança das rotas do petróleo africano e o "incremento crescente das trocas comerciais levantam a questão da segurança do Atlântico e dos seus acessos".

Os países parceiros da CPLP "são incontornáveis na segurança do Atlântico", disse, lamentando que continue a haver referências, no debate público, a "potencialidades que a CPLP não desenvolveu" e lembrando que em 2006 foi dado um "passo significativo" visando a defesa comum e a solidariedade entre os estados-membros.

"Temos de ser ativos, desenhando a nossa ação estratégica, no mundo lusófono da CPLP", exortou, considerando que os programas de Cooperação Técnico-Militar (CTM) com os países lusófonos constituem "um instrumento político militar neste processo e uma mais-valia nacional que não deve ser desperdiçada".

Pinto Ramalho defendeu que "cabe ao ministério da Defesa demonstrar se a CTM constitui efetivamente um objetivo nacional" e "qual é a prioridade que lhe é atribuída", que recursos financeiros e humanos lhe disponibiliza e, por último, se essa prioridade é seguida pelos ramos militares face aos constrangimentos financeiros.

Face à alteração do modelo de CTM que o governo está a promover, Pinto Ramalho defendeu que "não é necessário inventar a roda" e que a "área da formação, aos diversos níveis e especialidades, devem ser a prioridade da CTM", que "correu sempre de forma exemplar".

Presente na conferência, o ex-ministro da Defesa e das Relações Externas de Cabo Verde - país com o qual Portugal assinou segunda-feira um novo acordo de cooperação na área da Defesa - Jorge Tolentino, afirmou que é um "motivo de orgulho" o seu país ter conseguido estabelecer uma "rede de parcerias com uma pluralidade de Estados", no que designou "um verdadeiro investimento na diplomacia para a Segurança".

O embaixador apontou a segurança do Atlântico como uma prioridade, frisando que o oceano, a sul, constitui-se como "um corredor onde circula a criminalidade organizada, a pirataria marítima e o tráfico de várias naturezas, incluindo o narcotráfico".

No domínio da Segurança e da Defesa, disse, "merece mais cooperação" a área dos serviços de informação e o reforço da capacidade de análise estratégica.

Insistindo que o mar é o principal "e mais poderoso" recurso dos países CPLP, Jorge Tolentino defendeu que "seria proveitoso" voltar ao tema no âmbito da comunidade e propôs que se analise "a pertinência de uma cimeira CPLP dedicada ao mar".

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