Carnaval de Torres Vedras promove-se no sábado em Lisboa
O Carnaval de Torres Vedras, que espera este ano 350 mil visitantes, vai ser divulgado no sábado em Lisboa, através de uma 'embaixada' liderada pelos reis da festa e com três centenas de foliões, anunciou hoje a organização.
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País Festividades
A comitiva, constituída por três centenas de mascarados e liderada pelos reis do Carnaval e pelo presidente da Câmara de Torres Vedras escolheu o comboio da Linha do Oeste para se deslocar a Lisboa, onde chega pelas 10:35 à estação do Rossio, seguindo-se um desfile pela Rua 1º de Dezembro, Rua do Carmo, Rua Nova do Almada, Rua de S. Julião, Praça do Município, Rua do Arsenal, Praça do Comércio, Praça D. Pedro IV e Estação do Rossio, de acordo com o programa da organização.
Estão previstos condicionamentos de trânsito naquelas artérias da capital.
Na Praça do Município, a comitiva vai ser recebida na Câmara de Lisboa pelo vereador Carlos Castro, que tem os pelouros da Segurança, Proteção Civil, Relações Internacionais e Mobilidade de Proximidade, em representação do presidente da Câmara, Fernando Medina.
A 'embaixada' vai depois entregar à Cruz Vermelha Portuguesa, de forma simbólica, brinquedos angariados durante uma campanha de solidariedade, uma vez que o tema deste ano é "brinquedos e brincadeiras".
A iniciativa tem como objetivos promover o Carnaval de Torres Vedras junto da população e turistas, explicando as tradições daquele que é considerado o "Carnaval mais Português de Portugal", sem escolas de samba.
Os festejos atraem por ano cerca de 350 mil visitantes e geram receitas de cerca de 10 milhões de euros na economia local.
Com um orçamento de 650 mil euros, o evento decorre entre 24 de fevereiro e 01 de março com os habituais corsos diurnos, ao domingo e terça-feira, e noturnos, no sábado e na segunda-feira, em que desfilam milhares de foliões mascarados e oito carros alegóricos, conhecidos pela sátira político-social.
No monumento erguido este ano no centro da cidade, a chanceler alemã Merkel controla com o comando à distância o robô da austeridade e manipula as marionetas dos deputados europeus, a partir da varanda de uma casa de bonecas, descreve a organização em nota de imprensa.
O 'brexit', o processo de saída do Reino Unido da União Europeia, é também satirizado, fazendo do antigo primeiro-ministro David Cameron um boneco de saída do parlamento.
Da esquerda à direita, todos os primeiros-ministros portugueses formam o elenco de Pinóquios especialistas na arte da representação, enquanto os espetadores saem depauperados da peça que encenam.
Banqueiros como o antigo gestor do Banco Espírito Santo Ricardo Salgado aparecem sem nada, depois de todos os seus bens lhes ter sido penhorados.
Num ano em que o tema é "brinquedos e brincadeiras", nem os bonecos escapam à crise: a Barbie, por exemplo, é obrigada a prostituir-se para manter o nível de vida.
A câmara candidatou em 2016 o seu Carnaval a Património Nacional Imaterial, o primeiro passo para vir a ser reconhecido como Património Mundial pela Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco).
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