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Câmara do Montijo está em "plena sintonia" sobre o aeroporto

O presidente da Câmara do Montijo afirma que a assinatura do memorando para aprofundar o estudo do novo aeroporto na base aérea n.º 6 é um "passo fundamental" na aposta nesta localização, mas lembra que são necessárias infraestruturas de apoio.

Câmara do Montijo está em "plena sintonia" sobre o aeroporto
Notícias ao Minuto

06:10 - 14/02/17 por Lusa

País Memorando

"Tem sido um processo difícil e que tem tido avanços e recuos. Agora temos a situação mais maturada, temos estudos que comprovam que esta localização permite sustentar a capacidade aeroportuária de Lisboa pelos próximos 50 anos, e estamos em condições de dar o primeiro passo, que é dizer que a localização a ser estudada com maior profundidade é a base aérea n.º 6, no Montijo", no distrito de Setúbal, disse à Lusa Nuno Canta (PS).

O Governo e a ANA - Aeroportos de Portugal assinam na quarta-feira um memorando de entendimento que visa "estudar aprofundadamente" a solução de um aeroporto complementar no Montijo para aumentar a capacidade do Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, segundo um comunicado da gestora aeroportuária, gerida pela VINCI Airports.

"Estamos em plena sintonia com o Governo e também com o primeiro-ministro. É necessário a partir de agora, após a localização definida, aprofundar uma quantidade de estudos, de biodiversidade, arqueologia [...], para que a solução e os seus impactos no território, na biodiversidade, sejam conhecidos e mitigados, afirmou.

Nuno Canta referiu que, nas várias reuniões que realizou para discutir o novo aeroporto no concelho, entregou um caderno de encargos com obras indispensáveis, com destaque para os acessos.

"Sem as infraestruturas de apoio o aeroporto na base aérea n.º 6 não funciona nas devidas condições. É uma questão que interessa a quem instala o aeroporto e à cidade", defendeu.

Em causa estão, por exemplo, a Circular Externa do Montijo, para fazer a ligação de quem vem do Sul e até de Espanha, e um novo acesso à Ponte Vasco da Gama.

"São questões que a Câmara do Montijo sempre colocou desde o início. Não é uma estátua, são infraestruturas essenciais", defendeu.

O autarca explicou que recusou assinar um memorando com o anterior Governo por não estarem acauteladas as obras necessárias.

Esse primeiro documento, indicou, "não tinha nada sobre estas questões" e pedia aos presidentes de Câmara do Montijo e de Lisboa que o assinassem.

Nuno Canta salientou que o novo aeroporto pode ser um "primeiro grande passo" para construir uma "cidade de duas margens em redor do rio Tejo".

"Este é um primeiro investimento, criador de riqueza e de emprego, mas não chega, os municípios desta margem sul têm que desenvolver políticas ativas de captação de turistas, de ordenamento do território e de melhoria da qualidade da paisagem", concluiu.

O acordo de entendimento é assinado depois de o aeroporto de Lisboa ter ultrapassado os 22 milhões de passageiros em 2016, um ano de recordes de tráfego em todos os aeroportos portugueses.

O primeiro-ministro afirmou na semana passada que uma decisão definitiva sobre a localização do futuro aeroporto no Montijo está condicionada à conclusão de um relatório sobre o impacto da migração de aves naquela zona, nomeadamente para a segurança migratória.

Na segunda-feira, a Associação dos Municípios da Região de Setúbal (cujos associados são na maiorias concelhos liderados por comunistas) manifestou-se contra a construção do aeroporto na base aérea, indicando como alternativa o Campo de Tiro de Alcochete.

Em dezembro o ministro do Planeamento e das Infraestruturas, Pedro Marques, admitiu que o novo aeroporto pudesse avançar em 2019, mas várias entidades, como a transportadora TAP, têm defendido o seu funcionamento já no próximo ano.

A construção da nova infraestrutura tem motivado a discussão em torno de uma possível terceira travessia sobre o Tejo.

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