Meteorologia

  • 11 MAIO 2024
Tempo
15º
MIN 15º MÁX 23º

Coimbra: Câmara alerta para perturbações na recolha de lixo

A recolha de lixos urbanos no próximo fim de semana em Coimbra pode vir a sofrer perturbações devido à greve de trabalhadores do setor e ao feriado de 01 de janeiro, admite a Câmara Municipal.

Coimbra: Câmara alerta para perturbações na recolha de lixo
Notícias ao Minuto

16:42 - 29/12/16 por Lusa

País Feriado

Na noite de fim de ano (sábado para domingo) será, no entanto, "assegurada a limpeza da Baixa" da cidade, onde decorrem os festejos da passagem de ano, "com focos principais" no Largo da Portagem, nas praças do Comércio e 8 de Maio e no Terreiro da Erva, afirma a Câmara, numa nota enviada hoje à agência Lusa.

Recordando que, "tal como previsto, não haverá recolha de resíduos e limpeza urbana no feriado de 01 de janeiro [domingo]", a Câmara volta a "solicitar aos munícipes a contenção possível na deposição de resíduos neste dia".

Além disso, no sábado, "a recolha de resíduos e limpeza urbana culminará mais cedo do que habitual devido ao encerramento antecipado das instalações da ERSUC [empresa Resíduos Sólidos do Centro], destino final dos resíduos recolhidos", afirma a autarquia.

"Acresce a estas contingências o facto de ter sido decretada uma greve para o período entre 30 de dezembro e 02 de janeiro", acrescenta a autarquia.

A greve foi decretada em 15 de dezembro pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local e Regional, Empresas Públicas, Concessionários e Afins (STAL) "apenas para a Divisão de Ambiente do Município de Coimbra, o que, a concretizar-se uma adesão significativa, poderá agravar a acumulação de resíduos", refere a Câmara.

Em declarações à agência Lusa, Aníbal Martins, da direção regional de Coimbra do STAL, disse que a paralisação de quatro dias "vai afetar a passagem de ano" e justifica-a com a situação laboral dos trabalhadores da divisão de Ambiente da Câmara Municipal.

Numa nota de imprensa, o sindicato adianta que os trabalhadores reclamam o pagamento de 3,5 horas semanais "feitas a mais" durante seis anos (desde 2007 a 2012) e o gozo de dias de folga "acumulados desde 2004" e que a Câmara Municipal de Coimbra "insiste em reter, não lhe reconhecendo o legítimo direito".

O STAL exige, ainda, a manutenção do serviço público de recolha de resíduos urbanos e a "contratação de mais trabalhadores e aquisição de viaturas e equipamento de trabalho", o direito à marcação de férias "de forma igual para todos os trabalhadores" e manifesta-se contra "a diminuição do número de dias de férias para os trabalhadores por turnos".

A greve, que começa às 00:00 de sexta-feira e termina às 24:00 de segunda-feira, é ainda justificada pela melhoria das condições de higiene e segurança no local de trabalho, melhor e mais fardamento, melhoria dos balneários e consequentes meios de apoio à laboração daqueles serviços camarários.

No comunicado, o STAL culpa a anterior gestão camarária da coligação PSD/CDS-PP pelo "grave problema" que afeta os trabalhadores de recolha de resíduos sólidos, mas também o atual executivo socialista que "manteve e alimentou este problema".

O sindicato alega, ainda, que a autarquia liderada por Manuel Machado (PS) recorreu de uma sentença judicial favorável aos trabalhadores, "negando aquilo que disse na oposição e na campanha eleitoral, que deveriam ser repostos os direitos" dos funcionários daquele serviço.

Os trabalhadores promoveram "várias ações de luta reivindicativa à porta da autarquia", uma greve de quatro dias em 2014 e deslocações à Assembleia Municipal, entre outros protestos, sem resultados, refere o STAL.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório