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Portugal, a Europa e o mundo. Marcelo traça desafios para 2017

Os desafios para 2017, no entender do Presidente da República, que põe os olhos não só no país como na Europa, nos Estados Unidos e no mundo.

Portugal, a Europa e o mundo. Marcelo traça desafios para 2017
Notícias ao Minuto

11:00 - 23/11/16 por Goreti Pera com Lusa

País Presidentes

Que direção para Portugal e a Europa?”. Foi a esta questão que o Presidente da República respondeu, esta manhã, numa conferência organizada pelo Jornal de Negócios.

E porque não é fácil falar do futuro sem analisar o presente, Marcelo Rebelo de Sousa recordou o início do ano 2016, em que se duvidava da “estabilidade política e social, da sobrevivência do Executivo, dos desfecho dos dois orçamentos e da forma como evoluiria a economia portuguesa”.

“Mais depressa encontrava céticos e pessimistas do que otimistas”, recordou, não sem se congratular pelo facto de “termos conseguido garantir a estabilidade política que se considerava questionável” e “superado as expectativas relacionadas com problemas que pareciam inultrapassáveis”.

"Neste momento, tudo o que seja configurar um centrão artificial imposto na governação do país seria pouco clarificador. O clarificador é conhecer-se exatamente aquilo que é proposto por cada uma das fórmulas governativas que no momento existem, e que podem existir e desejavelmente deveriam existir até ao fim da legislatura", afirmou.

Segundo o chefe de Estado, atualmente existe internamente uma "estabilidade que é desejável, e que o Presidente da República tudo tem feito para que se mantenha, na área do Governo, como na área da oposição, no plano dos partidos, como no plano das suas lideranças".

"Em ambos os casos, é bom para o país. Isso acabou por entrar na vida dos portugueses, perfilando-se dois caminhos sobre a governação do país, o que é positivo", considerou.

E porque os desafios para 2017 não se cingem a Portugal, o chefe de Estado fez um olhar pela Europa e pelo mundo, com especial enfoque na União Europeia (UE). “Este ano é muito complexo para a UE porque, entre referendos e eleições, vários países fundadores (Itália, França, Alemanha e Países Baixos) vão conhecer veredictos internos que não são irrelevantes”, vaticinou.

A somar a este, há um “desafio longo duradouro e complexo que são as negociações com o Reino Unido”. Até porque “encontramos realidades muito díspares no que toca à avaliação do custo da decisão referendária, o estatuto dos britânicos que residirão nos próximos dois anos no espaço da UE e dos cidadão da UE a residir no Reino Unido, o conjunto de litígios pendentes nos tribunais europeus e o acordo transitório celebrado até conclusão de negociações para o acordo definitivo”.

Já fora do Reino Unido, não é fácil prever o que acontecerá com a realidade económica e financeira, em muito influenciada pela China, Índia e Estados Unidos.

Sobre este último, espera Marcelo Rebelo de Sousa que, apesar dos sinais de protecionismo económico revelados pelo presidente eleito, Donald Trump, “o relacionamento privilegiado dos EUA com o Reino Unido não signifique menor atenção à UE”.

Posto isto, há que frisar, no entender do Presidente da República: “A imprevisibilidade que nos rodeia exige o mínimo de previsibilidade interna. Se somarmos externa e interna teremos redobradas dificuldades no enfrentar de desafios”. Mais ainda: “Portugal deve manter o adquirido bom e mudar o que subsiste de negativo, insuficiente ou incógnito”.

[Notícia atualizada às 12h25]

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