PJ com "tudo em aberto": Martim perdido 25 horas ou levado por alguém?
Martim foi encontrado esta manhã. Polícia não exclui nenhum cenário.
© Lusa
País Ourém
A Polícia Judiciária mantém em aberto “todos os cenários” na investigação ao caso da criança desaparecida em Ourém, encontrada esta terça-feira a cerca de dois quilómetros da casa dos avós.
“Um cenário será a criança ter passado as 25 horas naquele ambiente, outro é a da criança ter lá sido colocada duas três horas antes, são cenários que estão em aberto”, disse o coordenador do Departamento de Investigação Criminal da PJ de Leiria, António Sintra, aos jornalistas.
A mesma fonte adiantou que a PJ, em colaboração com a GNR e com o envolvimento do Ministério Público, “que acompanhou os desenvolvimentos desde o primeiro momento”, vão continuar a trabalhar para “procurar definir com a máxima clareza e precisão as circunstâncias do desaparecimento”
O objetivo é descobrir se este caso se tratou de uma “situação criminosa ou mero desaparecimento de uma criança que terá deixado sua zona de conforto e se terá embrenhado numa zona florestal”.
Martim foi encontrado numa área que ainda não tinha sido alvo de peritagem, depois de a área de “buscas ter sido hoje alargada”, pelas 9h00.
As buscas foram ontem à noite suspensas por “razões técnicas” e para reavaliação do dispositivo durante a noite.
Ao mesmo tempo, decorreu uma “ação policial ininterrupta, durante cerca de 25 horas, desde o momento em que foi comunicado o desaparecimento”.
O menino de dois anos foi encontrado molhado e a chorar, mas ileso. Está agora a decorrer “uma avaliação clínica do estado da criança, com presença da PJ”, no hospital de Leiria.
A investigação continua, e “está ainda prevista a inquirição do pai da criança, à semelhança do que aconteceu com a restante família”, mãe e avós maternos, que já foram interrogados.
O pai, emigrado em França, foi inicialmente ouvido pela PJ e garantiu que não sabia nada sobre o caso, nem se encontrava em Portugal, mas será ainda sujeito a nova interrogação.
Para uma amiga próxima da família, o pai seria o principal suspeito, uma vez que, após a recente separação do casal e entrega de Martim à guarda da mãe, “não aceitou muito bem a decisão do tribunal”, insinuou esta fonte.
O diretor da Polícia Judiciária de Leiria pediu que, no futuro, a família e amigos “evite especulações que poderão prejudicar o trabalho das polícias, cuja prioridade é encontrar as crianças desaparecidas”.
Em especial “a difusão de dados não confirmados pelas redes sociais”, tentativas de “auxiliar as autoridades resultam muitas vezes em sentido inverso e perturbam o curso do trabalho e das ações policiais”.
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