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João achava-se "110% lusitano". Teste de ADN mudou as suas certezas

A empresa Momondo lançou um desafio global e João Narciso foi o premiado em Portugal.

Notícias ao Minuto

09:33 - 23/10/16 por Inês André de Figueiredo

País Testes

Depois de a Momondo, em abril de 2016, ter convidado 67 pessoas a participarem numa viagem com base no seu ADN, houve mais 170.378 a juntarem-se ao desafio, sendo que 500 foram premiadas com a oportunidade de descobrirem as suas origens e de se habilitarem a uma viagem aos países onde têm raízes.

João Narciso, de 20 anos, foi o vencedor em Portugal e “descobriu ter 45% de ascendência italiana/grega, através do teste de ADN”, havendo ainda mais países que lhe correm no sangue.

Em conversa com o Notícias ao Minuto, o jovem confessou que antes de fazer o teste tinha “uma certa esperança de ter origem noutros países”, isto apesar de os pais dizerem, “com toda a certeza, que era 110% lusitano”.

“O resultado foi para mim uma prova incrível de que não existem etnias puras no mundo de hoje. De certa forma, somos todos pessoas do mundo, e, algures no passado, temos todos familiares de partes do mundo que nem imaginávamos. Os resultados vieram tornar claro que não sou exclusivamente de Portugal, mas sim do mundo tal como todas as pessoas que me rodeiam”, refere João Narciso.

Para além de Grécia e Itália, João é também 14% oriundo da Grã-Bretanha, algo que achou “interessante”, principalmente por se encontrar a estudar nesse país.

Questionado sobre as reações aos resultados, o estudante disse que os familiares foram “completamente” apanhados de surpresa. “Foram eles que me fizeram acreditar que não havia muito a dizer sobre o meu ADN e ao que parece estavam enganados”, recorda.

Sobre o futuro e sobre os países onde vai gastar o prémio que lhe foi atribuído, João diz que pretende pensar bem no assunto. “Marrocos, Egito, Turquia, Grécia, e Holanda, Escandinávia… Mas ainda quero fazer alguma pesquisa sobre os lugares que vou escolher. A ideia é tentar absorver o máximo de culturas e perceber de que forma me relaciono com a cultura dos países onde tenho raízes”.

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