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ONU: Três meses e seis votações num percurso consistente até à vitória

António Guterres assegurou hoje a nomeação para secretário-geral da ONU, depois de seis votações ao longo de quase três meses, em que manteve resultados consistentes.

ONU: Três meses e seis votações num percurso consistente até à vitória
Notícias ao Minuto

21:34 - 05/10/16 por Lusa

País António Guterres

O ex-primeiro-ministro português e ex-alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados reuniu 13 votos de encorajamento e dois sem opinião, quando a 21 de julho recolhera 12 votos positivos e três indiferentes. Um dos votos deslocou-se de "sem opinião" para "encoraja".

Numa corrida muito volátil, em que houve vários candidatos em segundo lugar, desistências e candidaturas de última hora, o apoio ao candidato português quase não sofreu alterações.

Na votação de hoje, a grande questão era se Kristalina Georgieva, a búlgara que entrou na corrida a semana passada e ainda não tinha ido a votos, podia desestabilizar o processo, mas isso não aconteceu.

A vice-presidente da Comissão Europeia não foi além do sétimo lugar - com sete "desencoraja" e dois vetos de membros permanentes -, ficando mesmo atrás da sua compatriota Irina Bokova, que tornou a ser a mulher mais bem colocada, em quarto lugar, mas com sete desencoraja e dois vetos, ficando longe do limiar necessário para ser aprovada.

Em segundo lugar, ficou Miroslav Jajcak, mas o eslovaco teve um resultado semelhante ao da última votação (sete "encoraja", aquém dos nove necessários) e, soube-se hoje, tinha a oposição de dois membros permanentes.

Vuc Jeremik, que ficara em segundo na última votação, acabou hoje em terceiro. O Sérvio teve o apoio de sete países, mas seis desencorajaram a sua candidatura, incluindo três membros permanentes.

Helen Clark, da Nova Zelândia, era uma das candidatas preferidas pela sociedade civil, mas os resultados da votação de hoje mostraram que nunca teve possibilidade de vencer, visto que três membros permanentes vetaram o seu nome.

O único candidato com mais vetos do que Clark foi Danilo Turk, da Eslovénia, que teve quatro vetos e oito "desencoraja".

Susana Malcorra acabou em sexto lugar e foi, além de Guterres, a que teve menos vetos. A argentina foi vetada apenas por um dos países, mas apenas cinco países encorajaram a sua candidatura e sete desencorajaram.

No final da lista, estão Srgian Kerim, da Macedónia, que foi desencorajado por nove países e vetado por três, e a moldava Nathalia Gherman, com 11 "desencoraja", incluindo 3 vetos.

Depois de uma resolução com o nome de Guterres ser formalmente aprovada pelo Conselho de Segurança, o nome do português segue para aprovação na Assembleia Geral das Nações Unidas.

O novo secretário-geral da ONU substitui Ban Ki-moon e entra em funções em 01 de janeiro de 2017.

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