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Ambientalistas querem que Governo exija a Espanha fecho da central

O Movimento Ibérico Anti-Nuclear (MIA) instou hoje o Governo português a exigir ao seu congénere espanhol que decrete o encerramento da central nuclear de Almaraz, localizada em Espanha, a 100 quilómetros da fronteira com Portugal.

Ambientalistas querem que Governo exija a Espanha fecho da central
Notícias ao Minuto

19:16 - 27/09/16 por Lusa

País Almaraz

"O ministro [do Ambiente] tem de dar um murro na mesa e dizer que já bastam 40 anos de Almaraz. Tem de ter uma posição forte com o Governo espanhol", afirmou aos jornalistas António Eloy, do MIA.

O movimento, que defende o encerramento da central de Almaraz, realizou esta tarde em Lisboa uma conferência com representantes das associações ambientalistas Quercus e Zero para manifestar a sua apreensão perante a notícia da construção de um armazém de resíduos nucleares na localidade espanhola.

"A semana passada o Conselho de Segurança Nuclear deu uma informação favorável à construção de um Armazém Temporal Individual (ATI) na central nuclear de Almaraz, o que abre a porta ao prolongamento desta para além dos 40 anos", apontou o porta-voz do MIA.

Na sua intervenção, António Eloy recorreu a estudos e a notícias referentes à central nuclear espanhola para dar conta da existência de peças defeituosas nos geradores e nas bombas de água e, consequentemente, da "forte" probabilidade de ali ocorrer um acidente nuclear.

"Portugal pode vir a ser afetado, caso ocorra um acidente grave, quer por contaminação das águas, quer por contaminação atmosférica, pela grande proximidade geográfica. Isso traria sérios impactos imediatos para toda a zona fronteiriça, em especial para os municípios de Castelo Branco e Portalegre", alertou.

Entretanto, o ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, afirmou esta tarde no parlamento que foi pedida uma reunião urgente a Espanha para debater as questões relacionadas com a central de Almaraz, sublinhando que Portugal "intervirá para garantir o cumprimento de segurança".

Confrontado com esta intenção do Governo português, o representante do MIA disse que "era pouco", uma vez que, no seu entendimento, a posição portuguesa "deverá ser a de exigir o encerramento imediato da central espanhola".

"Queremos reunir-nos com o ministro e mostrar-lhe os riscos que a central representa. Não queremos que ele baseie apenas a sua opinião naquilo que diz o Governo espanhol", concluiu.

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