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Educação: Alentejo e Algarve com "49 horários-zero"

O Sindicato dos Professores da Zona Sul (SPZS) revelou hoje que existem "49 horários-zero entre os professores dos quadros" no Alentejo e Algarve, para o próximo ano letivo, 27 deles na zona de Évora e Portalegre.

Educação: Alentejo e Algarve com "49 horários-zero"
Notícias ao Minuto

18:37 - 02/09/16 por Lusa

País Sindicatos

Em comunicado enviado à agência Lusa, o sindicato explicou ter efetuado, em agosto, o levantamento junto das escolas do "número de docentes indicados com ausência da componente letiva", ou seja, com menos de seis horas, e, por isso, "tiveram que concorrer ao Concurso de Mobilidade Interna".

Depois de terem saído as listas de colocação e não-colocação deste concurso, referiu, "verifica-se que cerca de 70% destes professores que as escolas indicaram em agosto foram colocados no dia 30".

"Nas listas de não-colocação da Mobilidade Interna, entre docentes dos Quadros de Zona Pedagógica e dos Quadros de Escola/Agrupamento da zona Sul, encontram-se, agora, 49 docentes", sendo que "alguns" destes "serão ainda colocados através da Mobilidade por Doença".

Dos 49 professores, 27 pertencem ao Quadro de Zona Pedagógica de Évora e Portalegre, 13 ao de Faro e nove ao de Beja, indicou o sindicato.

Esta situação, "idêntica à de anos anteriores", segundo o SPZS, "resulta de medidas que eliminaram disciplinas, eliminaram pares pedagógicos, determinaram o fim dos desdobramentos de turmas em determinadas áreas curriculares, o aumento do número de alunos por turma e a criação de mega-agrupamentos".

"O encerramento de escolas do 1.º ciclo, a subversão dos horários de trabalho dos docentes ou o desrespeito pelas normas que impõem a redução do número de alunos nas turmas com alunos que apresentem necessidades educativas especiais" são outras das medidas negativas apontadas pela estrutura sindical.

Os horários-zero, argumentou, "traduzem políticas dos últimos anos de desinvestimento na educação e na escola pública, com óbvios e graves prejuízos pedagógicos para os alunos".

"A poucas semanas do início do novo ano letivo, o Sindicato dos Professores da Zona Sul reafirma a necessidade de uma profunda alteração destas políticas educativas e da negociação de um regime de concursos que contemple as reais necessidades das escolas", pode ler-se no comunicado.

O SPZS referiu, ainda, esperar, da parte do Ministério da Educação, que, "até ao início das aulas", as escolas "possam contar com todos os seus professores, incluindo estes, o que significa reduzir a zero a lista de docentes que se mantém com horário-zero".

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