Extinção de vagas em centro infantil preocupa pais e direção
A Segurança Social decidiu extinguir 50 vagas em pré-escolar num centro infantil localizado em Gondomar, decisão que obriga à extinção de postos de trabalho e que está a preocupar os pais das crianças que frequentam o estabelecimento de ensino.
© Global Imagens
País Gondomar
Em causa está o Centro Infantil de Valbom (CIV) e num documento interno dirigido aos encarregados de educação ao qual a Lusa teve a Delegação do Porto da Cruz Vermelha (CV), entidade que gere o espaço, acusa a Direção Distrital do Porto da Segurança Social de ter tomado uma "drástica decisão" com "consequências de imediato".
"Este encerramento de duas salas vai determinar a extinção dos postos de trabalho de dois educadores de infância e de três assistentes operacionais", refere a missiva distribuída aos pais que data de 30 de agosto.
A CV explica que na prática no ano letivo de 2016/17 o CIV "só pode aceitar crianças efetivamente financiadas que são 42 em creche e 25 em pré-escolar", pelo que "em pré-escolar só ficarão as crianças com cinco anos".
"As restantes 50 inscritas em pré-escolar não podem ser aceites e os encarregados de educação terão que solicitar soluções à Direção Distrital do Porto da Segurança
Social", aponta o documento.
A CV refere que "quando e se a Segurança Social atualizar acordos e definir o número de crianças efetivamente financiadas" o CIV "ajustará a resposta".
"Até lá, nada podemos fazer para além de manifestar a nossa profunda solidariedade para com os afetados e a nossa evidente revolta por decisão tão lesiva para as crianças e familiares", aponta a CV.
Esta instituição também considera "lamentável que a Direção Distrital do Porto da Segurança Social tenha como objetivo", e conforme aponta a carta, "apenas e tão só a poupança de gastos, ignorando o prejuízo e sofrimento das crianças e familiares, bem como dos funcionários dispensados".
Já por mensagem eletrónica a Associação de Pais e Encarregados de Educação do CIV pede aos responsáveis da Segurança Social "compreensão no sentido de esclarecer e sobretudo solucionar" um "tão grande problema", descrevendo que "existem pais que não têm onde deixar os filhos o que levará alguns a colocar em causa os seus postos de trabalho".
Na missiva a Associação de Pais lamenta ter sido "confrontada" com esta decisão "a 48 horas do início do novo ano letivo" e aponta que "os pais sentem-se lesados e desamparados e exigem da Segurança Social uma explicação sólida e devidamente fundamentada".
A agência Lusa contactou a Segurança Social, quer via telefone, quer por 'email', para solicitar um esclarecimento mas até ao momento não obteve resposta.
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