"Eram explosões atrás de explosões. Os carros pareciam pipocas"
Miguel Ângelo viu o carro ser destruído pelas chamas que deflagraram no festival Andanças. Não vai, contudo, deixar que o azar lhe estrague os planos. Quer “dançar e sorrir”, já que não pode “mudar nada”.
© Global Imagens
País Andanças
Miguel Ângelo é um otimista, à semelhança de muitos dos festivaleiros que, por esta hora, tentam esquecer o dia de ontem e aproveitar o espírito do Andanças.
O jovem de 25 anos, natural de Lisboa, viajou para Castelo de Vide na segunda-feira com a namorada. A zona onde estacionou o carro não foi atingida pelo incêndio, mas Miguel regressou a Lisboa para ir buscar dois artistas e acabou por estacionar no parque devastado pelas chamas. Ficou sem carro, mas não sem a vontade de aproveitar os últimos dias de festival ao máximo.
“Quando ouvi falar numa explosão fui ver como estava o meu carro. Quando cheguei os carros pareciam pipocas. Eram explosões atrás de explosões”, desabafou, à conversa com o Notícias ao Minuto.
Salienta, porém, o “espírito de entreajuda” dos festivaleiros, organização, bombeiros e até habitantes de Castelo de Vide. “O ambiente deste festival é diferente do que qualquer outro. As pessoas não são muito ligadas aos bens materiais”, acrescentou.
Miguel tinha um automóvel do ano 2010, com seguro contra todos os riscos. Está, por isso, menos preocupado. Não sabe quem vai arcar com os custos da destruição de todos os automóveis, mas mostra-se confiante de que “a organização se responsabilizará”.
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