Meteorologia

  • 27 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 11º MÁX 17º

Grupo de cidadãos de Castelo Branco monitoriza radiação no rio Tejo

Um grupo de cidadãos e instituições de Castelo Branco criou o projeto Tejo Seguro, cujo objetivo é disponibilizar informação sobre o nível de radiação na fronteira de Segura, zona do território português mais perto da central nuclear de Almaraz.

Grupo de cidadãos de Castelo Branco monitoriza radiação no rio Tejo
Notícias ao Minuto

12:28 - 25/07/16 por Lusa

País Projeto

"O objetivo do Projeto Tejo Seguro é disponibilizar de forma aberta e independente informação sobre o nível de radiação ionizante medido na fronteira com Espanha, fronteira de Segura e ponto do território português mais perto da central nuclear de Almaraz", refere, em comunicado enviado hoje à agência Lusa, o grupo promotor do projeto.

O projeto Tejo Seguro, que vai ser apresentado na quarta-feira, no Cybercentro de Castelo Branco, envolve docentes do Instituto Politécnico de Castelo Branco, o Centro de Empresas Inovadoras (CEI), o FabLab, a Associação de Informática de Castelo Branco, ativistas pelo rio Tejo e o meteorologista Costa Alves, entre outros.

Os promotores explicam que vão adquirir e instalar uma sonda Geiger-Muller e será desenvolvida uma plataforma 'web' para monitorização remota do nível de radiação medido a cada 10 minutos.

Ao mesmo tempo, a plataforma irá mostrar os níveis de alerta recomendados pelos organismos de saúde internacionais.

Outro objetivo deste projeto é sensibilizar para a presença constante do risco que é a central nuclear de Almaraz.

"Este projeto não está alinhado com nenhum movimento político, somos independentes e transparentes. Acreditamos no poder dos cidadãos na monitorização e defesa do ambiente", sustentam.

O grupo recorda que a central nuclear de Almaraz, em Espanha, situa-se apenas a 100 quilómetros da fronteira portuguesa de Segura, no distrito de Castelo Branco.

Adiantam que, até há pouco tempo, as agências governamentais eram a única fonte de informação sobre os níveis de radioatividade verificados numa determinada zona.

No caso de Portugal, essa competência está a cargo da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Contudo, explicam que, após o desastre nuclear de Fukushima, em 2011, e graças ao desenvolvimento de sensores de radioatividade 'low cost', têm surgido por todo o mundo iniciativas em que grupos de cidadãos independentes monitorizam o nível de radioatividade e dão como exemplo, a iniciativa internacional "SAFECAST: http://blog.safecast.org".

Recomendados para si

;
Campo obrigatório