"Vamos tentar ter uma ideia mais aproximada daquilo que é esta patologia em Portugal. Não será uma tarefa fácil, porque uma grande percentagem das situações são assintomáticas", explicou à agência Lusa a presidente da SPG.
Segundo Fernanda Águas, o estudo arrancará ainda este ano, em todo o país, mas as primeiras conclusões só serão conhecidas em 2014.
"Queremos conhecer melhor a realidade nacional sobre miomas uterinos, para podermos ser mais rigorosos. Sabemos que será difícil mas não é um trabalho impossível", disse ainda.
Meia centena de especialistas em ginecologia, reunidos em Viana do Castelo desde sexta-feira, aprovaram entretanto as regras para tratamento dos miomas uterinos.
Em Portugal, tendo em conta as percentagens internacionais de incidência desta patologia, a SPG admite que o problema afecte, com ou sem sintomas, cerca dois milhões de mulheres.
"Na maioria dos casos é uma patologia que pode passar despercebida e ser assintomática. Numa percentagem que se estima em 30% das mulheres poderá dar sintomas, como hemorragias uterinas anormais, menstruações muito abundantes e prolongadas, até provocar anemia", explicou Fernanda Águas.
Nos casos de "crescimento demasiado", nas fibras musculares do útero, estes miomas podem provocar o aumento do volume do abdómen e compressão de outros órgãos, "causando dores", explica a especialista.