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Este País é para velhos

O jornal Público avança, esta terça-feira, que Portugal se destaca pela rapidez com que está a envelhecer, apesar de estar inserido numa Europa em declínio. Em 2012, houve mais 17 mil funerais do que partos. Mas, a pesar nesta ‘factura’ está também o saldo negativo entre as emigrações e imigrações, com cada vez mais jovens portugueses a abandonarem o País.

Este País é para velhos
Notícias ao Minuto

09:11 - 05/03/13 por Notícias Ao Minuto

País Demografia

O ano de 2012 representa o saldo natural mais negativo de todos os tempos, com 90.026 bebés e 107.287 mortes, Portugal ‘encolheu’ em 17.261 pessoas. Um recorde absolutíssimo, salienta o Público, muito longe do saldo negativo registado em 2011, que ainda assim já tinha sido o maior de todos os tempos.

Inaugurada em 2007, a tendência para haver mais mortes do que partos, sofreu uma ligeira recuperação no ano seguinte, mas desde então não só aumenta como uma rapidez preocupante. "É muito mais do que se pensava. É excessivo. Achei que o saldo negativo ia continuar a crescer, mas sempre abaixo dos dez mil", confessa ao Público Jorge Malheiros, do Instituto de Geografia da Universidade de Lisboa, lembrando que apesar de ser um fenómeno europeu, nunca pensou que a mudança fosse tão brusca ao ponto de Portugal ser já um dos países mais envelhecidos do Mundo.

A contribuir para estes números estão as consequências provocadas pela crise. Em 2008, a média de idades da mulher aquando do nascimento do primeiro filho era 28,4 anos, mas em 2012 subiu para 29,2 anos e muitas delas não arrisca uma segunda gravidez. Além disso, muitas delas têm "os maridos em Angola, Moçambique”, um “fenómeno da mobilidade dos casais” que se tornou “padrão" nos dias de hoje, diz a obstetra Filomena Cardoso.

A juntar a isto, está o facto de muitos jovens portugueses estarem a abandonar Portugal em busca de melhores oportunidade de emprego. "Passámos de País de imigração para País de emigração de uma forma brusca e intensa", refere Jorge Malheiros, sublinhando que mesmo os actuais imigrantes “vão sair."

O Público avança que, entre os que saem e os que entram, o INE aponta para saldos migratórios negativos desde 2010, ano em que o saldo migratório apontou para menos 61 mil pessoas e, no seguinte, as contas voltaram a ficar no negativo, uma tendência que não se verificava desde 1993.

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