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Ministério Público acusa madeireiro de três crimes de incêndio

O Ministério Público (MP) acusou um madeireiro de 49 anos de ser autor de três incêndios em Penacova, distrito de Coimbra, um dos quais, ocorrido em agosto, consumiu uma área florestal de cerca de 130 hectares.

Ministério Público acusa madeireiro de três crimes de incêndio
Notícias ao Minuto

20:08 - 18/11/15 por Lusa

País Penacova

Um dos fogos de que o madeireiro é acusado chegou a ter três frentes ativas, tendo começado a 10 de agosto de 2015 em Penacova e apenas sido declarado extinto a 12 de agosto.

O incêndio consumiu uma área florestal de cerca de 130 hectares e mobilizou 38 corporações de bombeiros de todo o país, num total de 231 homens e 74 meios de apoio terrestre e aéreo.

"O arguido agiu voluntária, livre e conscientemente, sempre com o intuito de atear fogo à floresta, o que conseguiu, para, posteriormente, adquirir a madeira consumida pelo fogo junto dos respetivos proprietários, a um preço substancialmente mais baixo do que o valor de mercado detido antes do incêndio", refere a acusação do MP, a que a agência Lusa teve acesso.

O incêndio chegou a obrigar ao corte do IC6 nos dois sentidos, destruiu parte do traçado da rede elétrica nacional e "colocou em sério perigo as populações residentes nas imediações" da mancha florestal ardida, "levando mesmo à evacuação de algumas aldeias", refere o MP.

Segundo o MP, o incêndio terá implicado um prejuízo direto de 152 mil euros.

"O arguido sabia que, com a sua conduta e tendo em consideração as condições climatéricas e geográficas existentes", colocaria em risco "a extensa mancha florestal" nos lugares de Lavradio e Alto da Serra, no concelho de Penacova, bem como "a vida e integridade física de pessoas e habitações contíguas".

De acordo com o despacho de acusação, o arguido também provocou um incêndio a 08 de agosto, com a criação de dois focos de incêndio, que mobilizou 78 bombeiros, 18 meios de apoio terrestre e dois meios de apoio aéreo.

Contudo, o incêndio "ateado na véspera não atingiu a dimensão desejada pelo arguido [arderam 2.100 metros quadrados]" e este terá voltado a dirigir-se à mancha florestal no lugar de Lavradio no dia seguinte e voltou a criar um incêndio, que também não ganhou grandes proporções.

A 10 de agosto, com o alegado objetivo de criar um incêndio de grandes dimensões, o arguido "formulou o propósito de atear diversos focos de incêndio, em locais distintos", tendo-se deslocado num veículo para criar os diferentes focos de incêndio.

Após ter ateado alguns focos de incêndio, o arguido ainda terá abordado um homem que ligava para os bombeiros, dizendo-lhe que o fogo era noutro local, pretendendo que este desse informação errada aos agentes de combate a incêndios, afirma o MP.

O arguido encontra-se em prisão preventiva no estabelecimento prisional de Aveiro, tendo sido detido a 10 de agosto no concelho de Penacova, em flagrante delito, por populares e posteriormente pela Polícia Judiciária.

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