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Pedido de ajuda da França é "perfeitamente justicável"

O ministro da Defesa, Aguiar-Branco, disse hoje que a invocação hoje, pela França e pela primeira vez, da cláusula de defesa mútua do Tratado de Lisboa é "perfeitamente justificável" e por isso mereceu o apoio unânime dos outros Estados-membros.

Pedido de ajuda da França é "perfeitamente justicável"
Notícias ao Minuto

13:44 - 17/11/15 por Lusa

País Aguiar-Branco

"Na sequência dos atentados em Paris, a França invocou a cláusula de defesa mútua, um ato inédito mas perfeitamente justificável ", disse José Pedro Aguiar Branco, que falava no final de um conselho de ministros da Defesa da União Europeia (UE), em Bruxelas.

"Esta é uma matéria de natureza prioritária e recolherá sempre o apoio unânime também do Parlamento português e mostra quão importante é termos uma posição inequívoca e firme em relação à nossa defesa comum", acrescentou o ministro.

O modo como cada Estado-membro irá ajudar a França na luta contra o terrorismo, esclareceu Aguiar-Branco, será negociado bilateralmente.

Portugal avaliará em concreto as condições da sua participação, em função dos pedidos concretos que o Governo francês fizer, salientou.

O ministro lembrou ainda que "Portugal já integra a coligação internacional que combate do Daesh", uma das designações por que é conhecido a autoproclamado Estado Islâmico, que já reivindicou a autoria dos atentados de Paris.

"Fazemos treino e formação da s forças iraquianas e a solicitação da França será avaliada no quadro desse apoio global a todas as formas de terrorismo", disse.

O ministro adiantou ainda que a UE está disponível para prestar "todo o tipo de ajuda", sendo " várias as valências em que isto se pode considerar".

"Este ataque a Paris é um ataque à Europa", considerou.

A França acionou hoje, pela primeira vez, a cláusula de defesa mútua, consagrada no Tratado de Lisboa, e ao abrigo da qual um Estado-membro pode pedir ajuda para fazer face a uma agressão no seu território, sendo que os outros prestam o auxílio possível.

Esta cláusula foi acionada na sequência dos atentados de sexta-feira, em Paris, que fizeram pelo menos 129 mortos, entre os quais dois portugueses.

Os ataques, perpetrados por pelo menos sete terroristas, que morreram, ocorreram em vários locais da cidade, entre eles uma sala de espetáculos e o Stade de France, onde decorria um jogo de futebol entre as seleções de França e da Alemanha.

A França decretou o estado de emergência e restabeleceu o controlo de fronteiras na sequência daquilo que o presidente François Hollande classificou como "ataques terroristas sem precedentes no país".

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