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"Convicções religiosas podem ajudar a resolver problemas"

O ministro dos Negócios Estrangeiros afirmou hoje à Lusa, em Nova Iorque, que o discurso do papa na ONU mostra que "a energia das convicções religiosas pode servir para resolver" problemas da comunidade internacional.

"Convicções religiosas podem ajudar a resolver problemas"
Notícias ao Minuto

18:34 - 25/09/15 por Lusa

País Rui Machete

Rui Machete sustentou que o envolvimento direto do papa Francisco na cena internacional, como nas negociações que levaram ao reatamento das relações entre EUA e Cuba, "depende muito de uma série de fatores", embora realçando que o discurso mostra que existe essa vontade.

"Ao chamar a atenção para os problemas, já mostra que está disponível para ajudar. O seu discurso teve a vantagem de mostrar que muitos dos problemas que a sociedade internacional enfrenta estão ligados e que a energia das convicções religiosas pode servir para os resolver", disse o chefe da diplomacia portuguesa.

O papa Francisco discursou hoje na ONU, numa intervenção em que mostrou o seu apoio ao acordo nuclear entre o Irão e as grandes potências, defendeu a abolição global de armas nucleares, a necessidade do combate às alterações climáticas e criticou o casamento entre pessoas do mesmo sexo.

"O papa fez um discurso muito completo, abrangendo muitos aspetos, em matérias importantes como a pobreza, a paz e a exclusão, mas não evitou temas específicos das relações internacionais, como o acordo com o Irão e a não proliferação de armas nucleares, temas que mencionou de forma clara", explicou Rui Machete.

O ministro disse acreditar que o envolvimento do papa no combate às alterações climáticas, um tema recorrente na sua visita aos EUA, sublinha "uma certa sacralidade que o tema do ambiente tem e que convoca para ele o empenho de todos os homens."

Ao discursar na sede das Nações Unidas, durante a sua primeira visita de sempre aos Estados Unidos, o papa argentino instou também a aprovação de "acordos fundamentais" na próxima conferência de Paris sobre o clima e condenou a "cultura do desperdício" e as guerras, incluindo aquela, silenciosa, do narcotráfico.

O chefe da Igreja Católica, o quarto papa a ir à ONU, desejou igualmente o "êxito da Agenda 2030 para o desenvolvimento durável", por ocasião da cimeira da ONU que hoje começa.

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