Estudantes do Minho denunciam atrasos na análise de bolsas, tutela nega
A Associação Académica da Universidade do Minho (AAUC) afirmou hoje que os serviços de ação social da instituição não estão a conseguir despachar processos de pedidos de bolsa de estudo por constrangimentos informáticos, mas a tutela recusa qualquer atraso.
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País Superior
De acordo com a AAUC, uma funcionalidade da plataforma eletrónica para submeter candidaturas a bolsas não está ainda operacional e os serviços de ação social da universidade não têm qualquer previsão de quando o problema estará resolvido, permitindo que os processos tenham uma decisão.
"Não é aceitável que mais de dois meses e meio volvidos desde abertura deste processo, estas funcionalidades ainda não estejam disponíveis. Na Universidade do Minho, mais de mil processos aguardam que a plataforma esteja operacional para poderem ser finalizados. Até lá os estudantes não poderão ser avisados da decisão final do seu processo", referem os estudantes do Minho em comunicado.
O documento alerta ainda que "estes atrasos poderão também ter consequências ao nível do pagamento das prestações de bolsa, impedindo os estudantes de procederam ao pagamento das suas despesas, nomeadamente o pagamento de propinas e alojamento em residência universitária".
Contactado pela Lusa, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) declarou que "o processo de atribuição de bolsas de estudo continua a decorrer em condições semelhantes às do ano passado", com números relativamente próximos aos do ano anterior no que diz respeito a processos submetidos, a aguardar informação adicional ou em apreciação.
De acordo com os dados apresentados pela tutela, em 2015, a 03 de setembro, havia 34.252 processos submetidos, 33.729 a aguardar informação adicional e 523 em apreciação.
Em 2014, no período homólogo, havia 32.105 processos submetidos, 31.318 a aguardar informação adicional e 707 em apreciação.
Quanto a bolsas deferidas este ano não há ainda nenhuma, e em 2104, por esta altura, eram apenas 41, todas respeitantes a processos do Instituto Politécnico de Lisboa.
De acordo com a tutela, os serviços continuam a receber diariamente informação que permite completar os processos e libertá-los para análise.
Ainda assim a AACM quer que sejam tomadas medidas no sentido de assegurar a operacionalidade de todas as funcionalidades da plataforma eletrónica para submissão de candidaturas, "de modo a garantir que os serviços de ação social podem dar seguimento aos processos".
"A falta de respostas e de soluções mostra uma enorme insensibilidade face aos problemas de estudantes carenciados e é absolutamente inadmissível. Entendemos que a gravidade da situação exige que os responsáveis das Instituições de ensino superior, nomeadamente os reitores, também se pronunciem no mesmo sentido", defendem os estudantes.
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