Bombeiros de Matosinhos não querem Portuenses a garantir segurança
A corporação dos Bombeiros Voluntários de Matosinhos/Leça, concelho de Matosinhos, repudiou hoje "veementemente" o facto de a segurança do evento "Piratas invadem Leça da Palmeira", que decorre este fim de semana, ser assegurada pelos Voluntários Portuenses, do Porto.
© Facebook / Filipa Oliveira
País Corporação
Num comunicado enviado à Lusa, o presidente da associação humanitária de Matosinhos e Leça da Palmeira e o comandante da corporação criticam a contratação de um corpo de bombeiros "estranho ao município" de Matosinhos, distrito do Porto, para a sua área de atuação.
Os responsáveis referem que o corpo dos Portuenses foi "alegadamente contratado pela organização do evento, ao arrepio de todas as regras e práticas de conduta e bom senso que se deveriam pautar" no relacionamento entre associações e corporações de bombeiros, para garantir a segurança daquele espaço.
Contactado pela Lusa, o vereador da Câmara de Matosinhos responsável pelo pelouro da Cultura e Turismo, Fernando Rocha, afirmou que a empresa privada que venceu o concurso público para o evento contactou os Portuenses e os bombeiros de Matosinhos/Leça para garantir a segurança do espaço, tendo decidido contratar a corporação do Porto por apresentar um preço mais baixo.
Segundo referiu, a corporação local "pediu um preço anormalmente alto" para assegurar o que constava no caderno de encargos do concurso, tendo os Portuenses apresentado uma quantia "três vezes mais baixa".
"Considerando que somos contrários a este modo de atuação, que desconhecemos o Plano de Segurança existente e que não podemos nem devemos abdicar da responsabilidade de atuação naquela zona, considerando o risco agravado naquele aglomerado urbano (centro histórico)", os responsáveis da corporação de Matosinhos/Leça anunciam ainda que decidiram "fazer deslocar para área envolvente ao evento meios de prevenção adequados".
A corporação de Matosinhos/Leça, que classifica a situação como grave, afirma mesmo não abdicar da sua responsabilidade operacional e institucional.
A Lusa contactou a corporação dos Voluntários Portuenses, mas nenhum responsável se encontrava nas instalações para prestar esclarecimentos.
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