Professores forçados a part-time para evitar que integrem quadros
Mais de 30% dos professores do Ensino Superior são forçados a trabalhar em horário parcial para não serem contratados a tempo inteiro.
© Global Imagens
País Precariedade
A precariedade no setor do ensino continua a não melhorar. De acordo com dados do Serviço Nacional do Ensino Superior (SNESup), calcula-se que cerca de 31% dos professores são obrigados a trabalhar em part-time, sem ter em vista qualquer melhoramento na sua situação profissional.
Perante aquilo que considera "um uso abusivo dos vínculos precários", o sindicato garante que vai apresentar uma queixa - já assinada por 300 docentes - na Comissão Europeia, que tem em vista a criação de uma norma anti-travão, semelhante à que foi implementada nos ensinos básicos e secundários.
Em declarações ao Diário de Notícias, o vice-presidente do SNESup, Gonçalo Velho, lamenta que as Instituições não apostem na estabilidade profissional destes docentes, visto que "ela é a garantia de qualidade dos professores e neste momento estamos a perder talento em vez de o aproveitar".
Em 2014, a Comissão Europeia já tinha obrigado Portugal a providenciar contratos sucessivos aos seus docentes do ensino básico e secundário, o que levou o Governo a criar uma norma-travão, que permite apenas uma integração parcial dos professores nos quadros das instituições.
O SNESup calcula que haja mais de 40% dos profissionais em condições precárias e defende que "é altura de aplicar a mesma regra ao ensino superior".
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