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"Deito-me e imagino o meu filho. Será que chorou?"

A mãe do jovem Filipe que foi brutalmente assassinado em Salvaterra de Magos concedeu, pela primeira vez, uma entrevista a um meio de comunicação social. À TVI disse que precisa do filho e atira culpas à mãe do alegado homicida.

"Deito-me e imagino o meu filho. Será que chorou?"
Notícias ao Minuto

22:48 - 04/06/15 por Notícias Ao Minuto

País Salvaterra de Magos

De lágrimas nos olhos, Rita Costa contou à TVI como têm sido os seus dias desde que o filho, Filipe, morreu.

“De manhã levanto-me e vou ao cemitério… a minha vida está parada”, contou a mãe do adolescente que foi assassinado num apartamento de Salvaterra de Magos no passado mês de maio.

O principal suspeito é Daniel, um jovem adolescente de 17 anos que já passou por casas de correção devido a comportamentos desviantes, tais como pequenos furtos.

Rita Costa não conseguiu segurar as lágrimas ao falar do filho. Admitiu ter “consciência” de que ele não volta, mas garantiu: “Preciso do meu filho”.

“Gostava que houvesse um telefonema do céu só para o ouvir dizer ‘tou mãe’”, disse entre lágrimas, acrescentando sentir-se impotente por não poder fazer nada para ter o filho de volta.

“Eu quero o meu filho. Estou à espera que suba estas escadas, que me veja, às vezes sem saber que eu cá estava, e me diga ‘Oh, estás aqui’”, desabafou.

Com o terço do filho ao pescoço, o mesmo que Filipe tinha quando foi assassinado, Rita não inocenta a mãe de Daniel em toda esta situação.

“A Susana deve culpar-se, e muito, de o filho estar onde está e chegar onde chegou. Ela passa por mim na rua e baixa a cara porque sabe o que fez e sabe aquilo em que participou… e mais não digo. Ela sabe”, afirmou.

A mãe da vítima assegurou que o filho não consumia drogas, não era homossexual e tinha a imposição de estar em casa até às 22h30. “As pessoas têm de perceber que fosse o que fosse em que ele estivesse envolvido não se mata uma pessoa assim”, atirou.

“Ele não faltava às aulas e vinha almoçar a casa todos os dias”, relembrou falando muitas vezes no filho como se ainda estivesse vivo.

Abalada com a partida precoce e especialmente violenta do filho, Rita Costa confessou que há perguntas que não consegue parar de fazer.

“Deito-me e imagino o meu filho a ser pontapeado e a cair no chão. Será que pediu para parar? Será que chorou?”, questionou desconsolada e em lágrimas.

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